quinta-feira, 31 de maio de 2007

A CORRUPÇÃO SEM CONTROLE PROVOCA JÁ A INGOVERNABILIDADE DAÍ A CARTA-DENÚNCIA DO PROF. DR. MONTGOMERY VASCONCELOS À ONU VIA MINISTRO DA DEFESA

Presidente da Fundação Científica Reis de Leão e Astúrias faz denúncia à ONU via Ministro da Defesa sobre Invasão de Pilotos norte-americanos ao Brasil, seguindo às ordens de Bush e Reino Unido, que matam 154 brasileiros desprotegidos e impotentes
CARTA-DENÚNCIA À ONU VIA MINISTRO DA DEFESA DO BRASIL
AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO DA DEFESA
ASSUNTO: DECLARAÇÃO E DENÚNCIA À ONU DE INVASÃO DOS EUA AO BRASIL

Senhor Ministro da Defesa,
Inicialmente, parabenizo Vossa Excelência pela condução competente, responsável, prudente e abalizada com que vem conduzindo o destino da nação frente ao ataque terrorista mais descarado dos EUA ao Brasil, desde as últimas invasões que fizeram ao Iraque. Todavia, embora o vosso currículo tranqüilize pelo brilhantismo o Brasil, nunca é demais lembrá-lo, neste momento difícil para todos os brasileiros, que não se deve tratar inimigo com flores, mas sim na mesma altura e moeda, senão daqui a pouco Vossa Excelência será obrigado a admitir que a culpa desse atentado nefasto sob a farsa de acidente aéreo seja das vítimas, os 154 mortos indefesos, pois isso também é o que o terrorista jornalista norte-americano deixa parecer ao mundo, quando na verdade a sua precipitação frente aos fatos só prova a própria condenação do mesmo ao antecipar o resultado das investigações dos órgãos competentes para tal.
Contudo, por mais que seja difícil admitir o contrário diante de tais fatos, Vossa Excelência deverá ter plena consciência de que urge reforma no Ministério da Defesa e Reforma Universitária ampla geral e irrestrita, a fim de erradicar o analfabetismo crasso no Brasil. Posto que tal analfabetismo crasso no Brasil se estende a todas as esferas do saber e demais áreas, além de atingir também todos os setores do conjunto estrutural, estético, ideológico e biológico da sociedade, vivendo já em plena e absoluta corrupção, a saber: educação, política, economia, cultura, defesa, antropologia, justiça, esporte, religião, sistema, relações internacionais e soberania nacional.
Soberania nacional essa invadida e aterrorizada a 29/9/2006 (sexta-feira à tarde, aproximadamente às 16h.48min.) por dois pilotos norte-americanos, terroristas legalizados pelos EUA e pela ONU, que tripudiam e zombam da nação quando invadem o território brasileiro e voam a qualquer hora, do jeito que bem entendem, transgridem a ordem de vôo sobre e sob atribuição e determinação da Infraero e do Ministério da Defesa do Brasil, apáticos e amorfos, e que mesmo diante de ato tão nefasto causando a morte de 154 heróis-mártires brasileiros indefesos, dentre eles, colegas cientistas do CNPq, sequer um pedido de explicação e apuração na forma da lei, sob os auspícios da ONU, ao mandante desses pilotos lacaios, o terrorista mor dos EUA, Bush, foi feito até o presente.
Afinal, é esta a sua resposta ao pronunciamento de paz do Presidente do Brasil na ONU há poucos dias? Eis aí como Bush atua quando lhe é solicitado à convivência com as diferenças daqueles povos que se recusam à guerra. Assim como fez no Iraque vem e faz da mesma forma aqui e agora no Brasil, e nem ninguém da Infraero nem autoridade do Ministério da Defesa, tampouco as Forças Armadas dignam-se a declarar à ONU invasão tão infame, humilhante, indigna e vergonhosa. Eis aí o signo da corrupção no Brasil mais destroçado, esfacelado, escrachado, óbvio, trivial e ululante, denunciando o seu mais alto grau de analfabetismo nacional, atingindo à esfera universal já aqui e agora e nenhum sol a brilhar sobre esta treva brasileira que se aplaca de forma truculenta em época tão nefasta e órfã para seus filhos desprotegidos.
Até quando o Brasil ignora a invasão desses famigerados terroristas norte-americanos, dos EUA e do Reino Unido, que já insatisfeitos com as Malvinas Argentinas, agora cobiçam e se apropriam da Amazônia Brasileira, assim de forma tão inescrupulosa e truculenta desses caras-de-pau? Até quando as Forças Armadas vão adiar a defesa do Estado Brasileiro diante de tantas invasões vergonhosas, indignas e sem honra para os verdadeiros brasileiros que a tudo assistem impotentes?
Respeitosamente,
São Paulo, 9 de outubro de 2006.
Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos
(Presidente da Fundação Científica Reis de Leão e Astúrias)

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Denúncia do Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos, presidente da FUCIRLA, à ONU via Presidente do Brasil sobre Invasão de Pilotos norte-americanos à Nação


CARTA-DENÚNCIA À ONU VIA PRESIDENTE DO BRASIL
AO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
ASSUNTO: DECLARAÇÃO E DENÚNCIA À ONU DE INVASÃO DOS EUA AO BRASIL
Senhor presidente,
Urge reforma do Governo Brasileiro, Ministério da Defesa e Reforma Universitária ampla geral e irrestrita, a fim de erradicar o analfabetismo crasso no Brasil, posto que se estende a todas as esferas do saber e demais áreas, além de atingir também todos os setores do conjunto estrutural, estético, ideológico e biológico da sociedade, vivendo já em plena e absoluta corrupção, a saber: educação, política, economia, cultura, defesa, antropologia, justiça, esporte, religião, sistema e Soberania Nacional.
Soberania Nacional essa, invadida e aterrorizada a 29/9/2006 (sexta-feira à tarde, aproximadamente às 16h.48min.) por dois pilotos norte-americanos, terroristas legalizados pelos EUA e pela ONU, que tripudiam e zombam da nação quando invadem o Território Brasileiro e voam a qualquer hora, do jeito que bem entendem, transgridem a ordem de vôo sobre e sob atribuição e determinação da Infraero e do Ministério da Defesa do Brasil, apáticos e amorfos, e que mesmo diante de ato tão nefasto causando a morte de 154 heróis-mártires brasileiros indefesos, dentre eles, colegas cientistas do CNPq, sequer um pedido de explicação e apuração na forma da lei, sob os auspícios da ONU, ao mandante desses pilotos lacaios, o terrorista mor dos EUA, Bush, foi feito até o presente.
Afinal, é esta a sua resposta ao Pronunciamento de Paz do Presidente do Brasil na ONU há poucos dias? Eis aí como Bush atua quando é solicitado à convivência com as diferenças daqueles povos que se recusam à guerra. Assim como fez no Iraque vem e faz da mesma forma agora no Brasil e nem ninguém da Infraero nem Autoridade do Ministério da Defesa, tampouco As Forças Armadas dignam-se a declarar à ONU invasão tão infame, humilhante, indigna e vergonhosa. Eis aí o signo da corrupção no Brasil mais destroçado, esfacelado, escrachado, óbvio, trivial e ululante, denunciando o seu mais alto grau de analfabetismo nacional, atingindo à esfera universal já aqui e agora e nenhum sol a brilhar sobre esta treva brasileira que se aplaca de forma eterna em época tão nefasta e órfã para seus filhos desprotegidos.
Até quando o Brasil ignora a invasão desses famigerados terroristas norte-americanos, dos EUA e do Reino Unido, que já insatisfeitos com as Malvinas Argentinas, agora cobiçam e se apropriam da Amazônia Brasileira, assim de forma tão inescrupulosa desses caras-de-pau? Até quando As Forças Armadas vão adiar A Defesa do Estado Brasileiro diante de tantas invasões vergonhosas, indignas e sem honra para os verdadeiros brasileiros que a tudo assistem impotentes?
Respeitosamente,
São Paulo, 7 de outubro de 2006.
Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos
(Presidente da Fundação Científica Reis de Leão e Astúrias)

terça-feira, 29 de maio de 2007

O Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos, presidente da FUCIRLA comparecerá à Missa de Trigésimo Dia de sua Mãe BENÍCIA GOMES AZEVEDO DE VASCONCELOS



MISSA DE TRIGÉSIMO DIA DE BENÍCIA GOMES AZEVEDO DE VASCONCELOS
O Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos, pesquisador e presidente da Fundação Científica Reis de Leão e Astúrias, ainda em luto condolente convida todos à Missa de Trigésimo Dia de sua Mãe BENÍCIA GOMES AZEVEDO DE VASCONCELOS, celebrada por Dom Cláudio no Mosteiro de São Bento, nesta terça-feira, 29 de maio de 2007, às 13h.
A Fundação Científica Reis de Leão e Astúrias/FUCIRLA, por sua vez também anuncia a Missa de Trigésimo Dia de BENÍCIA GOMES AZEVEDO DE VASCONCELOS, mãe de seu pesquisador e presidente, Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos. Desde já convida amigos, público e à Família Vasconcelos para assistirem à MISSA DE TRIGÉSIMO DIA de BENÍCIA GOMES AZEVEDO DE VASCONCELOS, no Mosteiro de São Bento, nesta terça-feira, 29 de maio de 2007, às 13h.
Assim, a FUCIRLA reitera que hoje, logo mais à tarde, em momento ainda de pêsames, os colegas Pesquisadores da FUCIRLA prestam condolências ao Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos comparecendo à Missa de Trigésimo Dia de sua Mãe BENÍCIA GOMES AZEVEDO DE VASCONCELOS, que será celebrada por Dom Cláudio no Mosteiro de São Bento, nesta terça-feira, 29 de maio de 2007, às 13h.
Pesquisadores da Fundação Científica Reis de Leão e Astúrias/FUCIRLA

quinta-feira, 24 de maio de 2007

O Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos, presidente da Fundação Científica Reis de Leão e Astúrias/FUCIRLA escreve sobre a corrupção do Oiapoque ao Chuí

Brasil, o signo da corrupção
Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos (Presidente da Fundação Científica Reis de Leão e Astúrias/FUCIRLA)
In Memoriam da morte pusilânime da criança inocente do Rio de Janeiro, João Hélio, mais um mártir de apenas seis anos de idade que tomba por obra e graça da corrupção do sistema de segurança falido no país. Eis também aí a morte de fato e de direito do Estado Brasileiro. Sistema de segurança nacional este falido e desmoralizado porque vem grassando da impotência da cidadania brasileira, nossas pseudo-autoridades à convivência com as diferenças.
Crimes inimputáveis esses que só podemos única e exclusivamente responsabilizar às autoridades de Estado, mas sem quaisquer exceções, desde o Presidente da República, ministros, senadores, governadores aos mais ínfimos representantes municipais e estaduais, os também excelentíssimos senhores prefeitos, vereadores, deputados, juízes, desembargadores, promotores, procuradores e secretários de justiça, secretários de segurança ou coisa lá que o valha. Haja vista que no sistema democrático ao qual vivemos, muito embora também corrupto, diga-se de passagem, esses nossos representantes corruptos e maus foram eleitos e estão legitimados por todos nós cidadãos do Brasil.
Brasileiros, é chegada à hora de um golpe de Estado feito pelas massas populares, cabe a elas decidirem se continuam como estão ou vão esperar o pior, posto que esta questão de segurança nacional é só a ponta do iceberg no qual encalhamos e empacamos.
Gente, até quando vamos ser massa amorfa? Mais do que nunca ressaltamos o pensamento de certo papa do vaticano: “O que mais me espanta e me causa enorme preocupação não é mais a maldade que os maus fazem, mas o silêncio sepulcral que os bons fazem também diante de todo este palco de extremo horror!” [Sic Hebe Camargo, apresentadora do programa de TV “HEBE” no SBT, segunda-feira, 12/2/2007.]
Ao que hoje completamos com muita veemência e sarcasmo às autoridades públicas: É Sumo Pontífice... Esse silêncio é o mal que os bons fazem. Todavia, ainda, Vossa Santidade esquece também que de boas intenções como essas de nossos pseudo-representantes e autoridades de Estado o Inferno anda cheio.
E agora era só o que faltava, pra espanto geral da humanidade e dos anjos Gabriel, Tobias, São Miguel Arcanjo e toda sua Hierarquia correm boatos à “Boca-de-Matilde” que o Diabo pretende alcançar à INFALIBILIDADE de Deus pedindo demissão em caráter irrevogável dos cargos de Chefe Eterno do Inferno e Sumo Pontífice das Trevas porque a gota d’água para ele teria sido uma invasão petista do PT dos Zóios-de-Lula, conforme suas próprias expressões, a saber:
“Uma Turma mais Vermelha e muito mais Quente do que EU, dizendo-se um tal PT dos Zóios-de-Lula corrupto e ladrão ou coisa lá que o valha, vindo de um país também de nome BRASA, comandados pelo Rei das MP’s, Dom Luís Inácio Lula da Silva, sitiados em um Planetinha de nada ou coisa lá que o valha, mas verdade seja dita nunca vi isso aqui no Inferno, tão torrando-me o saco com tamanhas marolas, maracutaias, corrupções ativas e passivas, camas-de-gato, cuecas recheadas de dólar, mensalões, apagões, CPI’s, CENSURA e reeleições .
Assim não dá! Tão tirando-me do sério! Sinto-me CASSADO de todos meus DIREITOS INFERNAIS ETERNOS, impotente, incompetente, desatualizado, despreparado e desnorteado pra enfrentá-los, julgá-los e condená-los sem um curso de reciclagem intensivo convosco, O Deus Todo Poderoso, que me enviou à Chefia Infernal Eterna sim, mas de um Inferno Incauto pra esses Hiperdiabólicos Superdiabos do PT Zóios-de-Lula corrupto e ladrão, que, em Assembléia Geral e Irrestrita do Inferno, viraram a mesa com mensalões, apagões, cuecas recheadas de dólar, CENSURA e todo tipo de corrupção ativa e passiva, depondo-me assim do Cargo de Sumo Pontífice Infernal em dois palitos.” [Sic] (Satã, às 12 badaladas da meia-noite do Triste das Pancadas do Sino de seu Trono Infernal do Cão das Costas Ocas)
Prolegômenos sobre Brasil, o signo da corrupção
Ao problematizar a corrupção que permeia os governos das nações, em particular o déspota Stalin da União Soviética, Lenin, mentor intelectual da Revolução de Outubro de 1917 na Rússia, afirma que há só uma espécie incorruptível de governo, dirigente aos povos e suas pátrias, competente e capaz de imunizar-lhes de tal corrupção e preservar-lhes contra esse mal nefasto não só às sociedades, mas à humanidade: o poeta. Do mesmo modo, a tese Brasil, o signo da corrupção na poética de Augusto dos Anjos instaura a possibilidade da fortuna crítica brasileira rever sua leitura classificatória equivocada, cuja recusa está explícita na poesia e prosa do Eu angélico desde 1900: cena inaugural da primeira manifestação desse “poeta paraibano do século”, que se impõe na literatura brasileira com o soneto “Saudade”. [i]
Brasil, o signo da corrupção na poética de Augusto dos Anjos também é uma autocrítica que levanta a fortuna crítica da obra desse poeta do Eu, seja do ponto de vista da crítica literária, seja na internet, fazendo incursões aleatórias no corrupto sistema político de governo do Brasil.
O olhar enviesado na rejeição à poética da corrupção
Rejeitado, constata-se que o povo o valorizou muito antes da crítica literária. Constata-se também que sua poesia é conhecida popularmente, e pelos jovens, pelos poetas repentistas do Nordeste, sobretudo da Paraíba e todo Brasil.
Consagrado “poeta do século da Paraíba”, traduzido para o alemão, tendo sua Obra completa editada pela Editora Aguilar, citado no filme Alma corsária de Reichenbach, estudos e ensaios sobre Augusto dos Anjos se multiplicam na internet. Popular entre meretrizes nos bairros pobres e poetas de cordel, que não têm medo de seu vocabulário científico, sua “estética do verme”, do grotesco e da podridão.
Transgressiva, esta poética tem também como características, antes do Modernismo e em sentido diferente, a Antropofagia e o Canibalismo. Essa transgressão do Eu, embora no seu limiar, também, levou-se a público em 1996, no livro A poética carnavalizada de Augusto dos Anjos, de Montgomery Vasconcelos. Graças ao analfabetismo crasso no Brasil ninguém o lê.
Um dos respaldos desta tese é a teoria de Bataille em sua obra O Erotismo, o Eu, de Augusto dos Anjos e os conceitos de Poética de Aristóteles, Emil Staiger, Todorov e os subsídios imprescindíveis da fortuna crítica brasileira no entorno da poesia e prosa angélicas. Além de estudos recentes que vieram a público, quer por meio de inúmeras edições do Eu, livros, periódicos, recursos tecnológicos audiovisuais, digitais e internet, quer por meio de dissertações, monografias, teses universitárias e concursos, como o mais recente, em 2001, empreendido pela Rede Globo de Televisão (maior veículo brasileiro do fenômeno Comunicação de massa a serviço de governantes corruptos e suas políticas de colonizados felizes do FMI) que, mesmo assim e apesar de tudo, o elegeu o “Poeta do Século na Paraíba”: uma farsa da mais pura verdade desvendada nos mistérios do Eu também nesta tese Brasil, o signo da corrupção na poética de Augusto dos Anjos.
O contraponto da corrupção
Nem é de se admirar também ainda que tal tese faça contraponto com a corrupção de governos do Brasil, colonizados felizes do FMI, na qual consiste a mais recente pasmaceira do paspalho Governo Lula do PT, fazendo do poder público “a casa da mãe Joana”, conforme a matéria “Sites mostram viagem de amigos do filho de Lula a Brasília”, que veio a público quinta-feira, 06 de janeiro de 2005, às 9h38min., por meio de site http://www.estadao.com.br, denunciado tamanho nepotismo, à custa da União, de catorze amigos do filho do presidente Lula do PT, o Rei das MP’s, nas dependências do Palácio da Alvorada e Residência do Torto, segundo o trecho desta manchete que se segue:
Um grupo de amigos do filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Luís Cláudio, de 19 anos, disponibilizou na internet fotos de uma viagem de férias feita à Brasília, em julho passado. As fotos estão em fotoblogs de integrantes do grupo que os mostram no Palácio do planalto, na Residência do Torto, a bordo de um avião da FAB e durante um passeio de lancha no Lago Paranoá.
Segundo matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, o grupo fez a viagem a Brasília e teve hospedagem no Palácio da Alvorada, durante 15 dias, com todos os custos pagos pela União. São 14 adolescentes que relatam o passeio em seus fotologs como “a melhor viagem” de suas vidas.
A manchete “Sites mostram viagem de amigos do filho de Lula a Brasília” denuncia que as fotos dos 14 sócios do “clube do bolinha e da lulusinha” do filho do presidente Lula, relatando passeio e hospedagem no Palácio do Planalto e Residência do Torto à custa da União, estão nesses endereços:
http://www.fotolog.net/feijao_fodao;%20www.fotolog.net/gringo_mi
http://www.fotolog.net/feijao_fodao;%20www.fotolog.net/gringo_mi;
www.fotolog.net/www.fotolog.net/monique_martan
Espera-se, assim, nesta tese contribuir à revisão da leitura dessa poética de Augusto dos Anjos, difundindo-o cada vez mais como poeta ímpar e original nos quadros das literaturas de língua portuguesa, transgressão, corrupção e ciência político-filosófica, permeando inclusive os interstícios paradoxais nos sistemas corruptos das políticas públicas de governo do Brasil.Em nenhum momento o poeta culpa o povo brasileiro, mas seus governantes, corruptos e colonizados felizes, pelas faltas que levam às obras imprescindíveis Brasil, o signo da corrupção: da GM à UFMS; Brasil, o signo da esperança: do Oiapoque ao Chuí ou simplesmente Brasil, o signo da corrupção na poética de Augusto dos Anjos. Tese importante à cultura brasileira por ser fruto de observações sobre críticas percucientes de Augusto dos Anjos, quem primeiro responsabilizou os males da corrupção aos governantes, em “Crônicas Paudarquenses”. Assim, as generaliza no universo de sua poesia e prosa, uma vez mais estudadas aqui por Montgomery Vasconcelos ao longo de trinta e cinco anos sobre o Eu e a transgressão triádica: 1ª A poética carnavalizada de Augusto dos Anjos; 2ª Brasil, o signo da corrupção na poética da transgressão e 3ª as obras que virão por meio de Brasil, o signo da corrupção na poética de Augusto dos Anjos.
[i] ANJOS, Augusto dos [1884-1914]. “Saudade” In: Almanaque da Parahiba. Parahiba do Norte [s.c.p.] 1900.
Introdução sobre Brasil, o signo da corrupção
A poética de Augusto dos Anjos vem projetando-se no cenário de estudos brasileiros e das literaturas de língua portuguesa, bem como doutras línguas, de forma inusitada, o que em muito choca as comunidades científicas, em especial a brasileira. Posto ainda que se desarmoniza um conjunto de elementos científicos nas ciências da comunicação, semiótica, sociais, antropológicas, política, filosófica e das literaturas. Portanto, parece que para estas categorias há uma ausência quase que total desses elementos como justificativa plausível da poesia e prosa angélicas no repertório da literatura brasileira. Daí, a necessidade imperiosa que move esta tese ao estudo doutras formas de leitura e compreensão da mesma por meio do escopo, também, da semiótica que permeia a poética de Augusto dos Anjos à luz de três movimentos: transgressão, corrupção e ciência político-filosófica.
Essa mesma tentativa de leitura duma transgressão na poética do Eu, também, nasceu de preocupação inicial empreendida já na dissertação de mestrado em Letras na PUC-Rio, 1988, que Montgomery Vasconcelos levou ao público em 1996 no livro A poética carnavalizada de Augusto dos Anjos, e posteriormente por meio de sua tese de doutoramento Recepção e transgressão: o público de Augusto dos Anjos, que defendeu na PUC-SP a 9 de outubro de 2002. Contudo, e que se repita uma vez mais, graças ao analfabetismo crônico da educação brasileira ninguém os lê nem escreve sobre eles no Brasil, e não por boicote, má vontade, falta de interesse ou coisa que o valha, mas por não saber mesmo. O fato é que ninguém sabe ler nem escrever, portanto um caso crasso de analfabetismo crônico em nível nacional, jamais por causa das faltas aqui alentadas.
Análise de pressupostos I sobre Brasil, o signo da corrupção
Por que Augusto dos Anjos denuncia o sistema político, social, econômico, jurídico, cultural, antropológico e artístico do Brasil como organizações criminosas, só comparadas à afirmação de Aristóteles [322a.C.-384a.C.] na Grécia: “Abaixo da Lua só existe corrupção”? Como o filósofo pontifica poderes e sistemas de governo em quatro tipos de constituição: oligarquia - os ricos no poder; aristocracia - grupos políticos e partidos no poder; democracia - o povo no poder; monarquia - um só no poder, o rei? Por que segundo Aristóteles quando esses poderes voltam-se para o bem da sociedade, esta alcança à felicidade, emprego, moradia, educação, justiça, fortuna, saúde, soberania nacional, segurança, estabilidade, honra, generosidade, dignidade e retidão, mas se lhe ocorre o oposto, os poderes administrados em benefício próprio, tal sociedade entra em corrupção total, vivendo sob o jugo e a ditadura de um déspota? Qual problematização seria a saída, deixando claro que quaisquer sociedades, nessas circunstâncias, passam a viver imperiosamente sob o signo da corrupção?
Afinal, quais os poderes que se acabam corrompendo, e o que tanto a Poética de Aristóteles quanto a de Augusto dos Anjos apontam à solução? Seria a autogestão? Mas, isto já não vem acontecendo só que de forma corrupta e irresponsável, daí a morte do Estado de fato e direito ou a sua fase final de convalescença? Quem Augusto dos Anjos quer atingir em cheio, no seio dessa sociedade que se instaura, para ele em 1912, há 412 anos no Brasil, usando de uma linguagem filosófica com requintes e influências da Poética de Aristóteles? Quando Augusto dos Anjos instaura a sua cena inaugural no entorno de uma excêntrica denúncia de corrupção sobre o aspecto mais patriótico e sagrado de seu país? Há uma pista por meio de sincretismo religioso, denunciando que o homem é o projeto fracassado de Deus porque é este mesmo Deus quem assim afirma Corrupção da humanidade literalmente no Gênesis:
6 Quando os homens começaram a multiplicar-se sôbre a terra, e lhes nasceram filhas, os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram belas, e escolheram espôsas entre elas. O Senhor então disse: “Meu espírito não permanecerá para sempre no homem, porque todo êle é carne, e a duração de sua vida será só de cento e vinte anos”. Naquele tempo viviam gigantes na terra, como daí por diante, quando os filhos de Deus se uniam às filhas dos homens e elas geravam filhos. Êstes são os heróis, tão afamados nos tempos antigos.
O Senhor viu que a maldade dos homens era grande na terra, e que todos os pensamentos do seu coração estavam continuamente voltados para o mal. O Senhor arrependeu-se de ter criado o homem na terra, e teve o coração ferido de íntima dor. E disse: “Exterminarei da superfície da terra o homem que criei, e com êle os animais, os répteis e as aves dos céus, porque eu me arrependo de os haver criado”. (...)
A terra corrompia-se diante de Deus e enchia-se de violência. Deus olhou para a terra e viu que ela estava corrompida: tôda a criatura seguia na terra o caminho da corrupção. [i]
Por que Augusto dos Anjos denuncia o sistema político, social, econômico, jurídico, cultural, antropológico e artístico do Brasil como organizações criminosas, só comparadas à afirmação de Aristóteles [322a.C.-384a.C.] na Grécia: “Abaixo da Lua só existe corrupção”? Como o filósofo pontifica poderes e sistemas de governo em quatro tipos de constituição: oligarquia - os ricos no poder; aristocracia - grupos políticos e partidos no poder; democracia - o povo no poder; monarquia - um só no poder, o rei? Por que segundo Aristóteles quando esses poderes voltam-se para o bem da sociedade, esta alcança à felicidade, emprego, moradia, educação, justiça, fortuna, saúde, soberania nacional, segurança, estabilidade, honra, generosidade, dignidade e retidão, mas se lhe ocorre o oposto, os poderes administrados em benefício próprio, tal sociedade entra em corrupção total, vivendo sob o jugo e a ditadura de um déspota? Qual problematização seria a saída, deixando claro que quaisquer sociedades, nessas circunstâncias, passam a viver imperiosamente sob o signo da corrupção?
Afinal, quais os poderes que se acabam corrompendo, e o que tanto a Poética de Aristóteles quanto a de Augusto dos Anjos apontam à solução? Seria a autogestão? Mas, isto já não vem acontecendo só que de forma corrupta e irresponsável, daí a morte do Estado de fato e direito ou a sua fase final de convalescença? Quem Augusto dos Anjos quer atingir em cheio, no seio dessa sociedade que se instaura, para ele em 1912, há quatrocentos anos no Brasil, usando de uma linguagem filosófica com requintes e influências da Poética de Aristóteles? Quando Augusto dos Anjos instaura a sua cena inaugural no entorno de uma excêntrica denúncia de corrupção sobre o aspecto mais patriótico e sagrado de seu país? Há uma pista por meio de sincretismo religioso, denunciando que o homem é o projeto fracassado de Deus porque é este mesmo Deus quem assim afirma Corrupção da humanidade literalmente no Gênesis:
6 Quando os homens começaram a multiplicar-se sôbre a terra, e lhes nasceram filhas, os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram belas, e escolheram espôsas entre elas. O Senhor então disse: “Meu espírito não permanecerá para sempre no homem, porque todo êle é carne, e a duração de sua vida será só de cento e vinte anos”. Naquele tempo viviam gigantes na terra, como daí por diante, quando os filhos de Deus se uniam às filhas dos homens e elas geravam filhos. Êstes são os heróis, tão afamados nos tempos antigos.
O Senhor viu que a maldade dos homens era grande na terra, e que todos os pensamentos do seu coração estavam continuamente voltados para o mal. O Senhor arrependeu-se de ter criado o homem na terra, e teve o coração ferido de íntima dor. E disse: “Exterminarei da superfície da terra o homem que criei, e com êle os animais, os répteis e as aves dos céus, porque eu me arrependo de os haver criado”. (...)
A terra corrompia-se diante de Deus e enchia-se de violência. Deus olhou para a terra e viu que ela estava corrompida: tôda a criatura seguia na terra o caminho da corrupção. [ii]
Brasil, o signo da corrupção ou a terra sem lei
Brasil, o signo da corrupção é a notícia cadente de sexta-feira, a 25 de fevereiro de 2005, quando o jornal O Estado de S. Paulo, em seu Caderno Nacional, p.A8, traz versões dos presidentes corruptos Luis Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) que se digladiam pra ver quem é o mais corrupto nessa terra sem lei, conforme a matéria “Lula diz que achou corrupção no governo FHC, mas escondeu: Em discurso, presidente contou que, ao ouvir de um auxiliar relato sobre corrupção na privatização, mandou que ele calasse a boca”. Ao que de imediato veio à reação por meio de lacaios do PSDB, defendendo seu representante corrupto e ex-presidente FHC neste mesmo espaço jornalístico no artigo “PSDB diz que houve crime de responsabilidade”, a saber: “O PSDB vai processar o presidente por crime de responsabilidade”, disse na câmara o líder do partido, Alberto Goldman (SP). “O presidente Lula foi omisso e acobertou crime”. E prossegue ele: “Quando o presidente sabe que há um caso de corrupção, tem obrigação de levar este caso adiante e levar a quem de direito para apurar e punir seja quem for e doa a quem doer” (Idem, ibidem p.A8). Já estão e são como urubus na carniça às eleições de 2010.
Brasil, o signo da corrupção é a notícia cadente de sexta-feira, a 25 de fevereiro de 2005, quando o jornal O Estado de S. Paulo, em seu Caderno Nacional, p.A8, traz versões dos presidentes corruptos Luis Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) que se digladiam pra ver quem é o mais corrupto nessa terra sem lei, conforme a matéria “Lula diz que achou corrupção no governo FHC, mas escondeu: Em discurso, presidente contou que, ao ouvir de um auxiliar relato sobre corrupção na privatização, mandou que ele calasse a boca”. Ao que de imediato veio à reação por meio de lacaios do PSDB, defendendo seu representante corrupto e ex-presidente FHC neste mesmo espaço jornalístico no artigo “PSDB diz que houve crime de responsabilidade”, a saber: “O PSDB vai processar o presidente por crime de responsabilidade”, disse na câmara o líder do partido, Alberto Goldman (SP). “O presidente Lula foi omisso e acobertou crime”. E prossegue ele: “Quando o presidente sabe que há um caso de corrupção, tem obrigação de levar este caso adiante e levar a quem de direito para apurar e punir seja quem for e doa a quem doer” (Idem, ibidem p.A8). Já estão e são como urubus na carniça às eleições de 2010.
Brasil, terra sem lei, exibe nove massacres impunes nesta última década no limiar do milênio terceiro, por meio de barbárie como a mais recente de um grupo de militares do Rio de Janeiro, que promove chacina resultando em 30 pessoas mortas na baixada fluminense entre os municípios de Nova Iguaçu e Queimados, na quinta-feira, a 31 de março de 2005. Daí que da parte do sistema presidencial do Estado brasileiro nada acontece nem dá providência para garantir a segurança da população que segue sem rumo à impotência e à desesperança de uma pátria traída, corrupta e desgovernada por presidente déspota, tirano e ditador. Senão, vejam-se as notícias de o jornal Folha de S. Paulo, no sábado, a 2 de abril de 2005, trazendo as manchetes em sua primeira página: “Massacre no Rio deixa 30 mortos” – “Grupo atira a esmo em ruas da Baixada Fluminense em ação que, segundo o Estado, teve participação de policiais; entre as vítimas, 7 jovens” e prossegue resenhando assim esta chacina:
“Em uma hora, 30 pessoas foram assassinadas a tiros em 11 pontos de Nova Iguaçu e Queimados, cidades da Baixada Fluminense. Sete tinham menos de 18 anos. A Secretaria de Segurança diz que o massacre foi uma provável retaliação de PMs investigados pelo envolvimento em crimes na região. Há duas versões. Numa, quatro homens num Gol prata percorrem as ruas das duas cidades atirando sem alvo definido. Eles usavam armas de uso restrito das polícias Militar e Civil. Foram mortos dois ciclistas na via Dutra, pessoas que passavam pelas ruas, um grupo que estava em um bar, dois homens em uma casa e mais quatro num lava-a-jato. De acordo com a segunda versão, os criminosos usaram dois carros e uma motocicleta. Em qualquer um dos casos foi a mais violenta ação contra comunidades carentes do Rio. Para o secretário de Segurança Pública do Rio, Marcelo Itagiba, está clara a participação de policiais na chacina. (...)”
Outra matéria, também, estampada na primeira página, a partir de relato de testemunha, assim resumida “Quem viu morreu, diz moradora” traz notícia sobre quem eram os executados neste ato de barbárie da chacina por atacado, a saber:
“As vítimas do massacre foram, na maioria, pedreiros, garçons, pintores, e pequenos empreendedores que haviam saído de casa para fugir do calor e conversar com amigos. Só duas tinham passagem pela polícia. Elas foram escolhidas aleatoriamente para morrer. Rosemary Souza, 40, assistiu à morte do filho Bruno, 14, que brincava no fliperama de um bar. Nove das pessoas que estava no lugar foram mortas. O objetivo aparente era não deixar sobreviventes. ‘Quem viu morreu’, diz Karla Patrícia, irmã de uma vítima.” (Folha de S. Paulo, sábado, 2 de abril de 2005, p.1 e C3)
“Brasil, o signo da corrupção” é a terra sem lei
Terra sem lei é esse Brasil, o signo da corrupção que se torna escândalo mundial no domingo, a 13 de fevereiro de 2005, quando o jornal O Estado de S. Paulo, em seu Caderno Nacional, p.A13, traz estampada em sua primeira página a manchete “Missionária americana é morta no Pará: Irmã Dorothy, admirada por trabalhadores rurais e detestada pelos fazendeiros, trabalhava havia 40 anos defendendo a floresta da Amazônia”. Trata-se mesmo de um país corrupto porque é governado por corruptos, daí O Estado de S. Paulo criar até o espaço exclusivo à “Terra sem lei”, aumentando em vão assim o foco à injustiça e aos direitos humanos:
“Em quatro décadas trabalhando junto a pequenas comunidades no interior da Amazônia a missionária americana Dorothy Stang, de 73 anos tornou-se uma figura marcante – pela coragem, pela simpatia, pela eficiência da sua ação junto aos trabalhadores rurais, pela importância internacional de sua pregação em defesa do desenvolvimento sustentável e da reforma agrária. Ontem de manhã, dois pistoleiros, segundo testemunhas, assassinaram a missionária em um local a 50 quilômetros de Anapu, no Pará.”
Eis aí o maior atestado de corrupção no Brasil, e mais outros que tais.
Pressupostos I em terreno de 1 centavo: Brasil, o signo da corrupção
A 11 de agosto de 2004 a revista Isto é de nº 1818, Editora Três, Cajamar-SP, após inúmeras denúncias de corrupção no Governo do Brasil, publica outras matérias e estampa em sua capa o tema “Podres Poderes”, contando em detalhes a briga entre PT e PSDB pelas informações da CPI do Banestado, que apura maracutaias do governo atual e anterior. Reafirma ainda que Henrique Meirelles (Presidente do Banco Central-BC) registrou terreno de 34 mil metros quadrados por R$ 0,01(um centavo de real) e enviou US$ 50 mil dólares para uma conta de doleiros descredenciados pelo Banco Central, além doutras denúncias de sonegação de impostos e evasão de divisas em 2001 e 2002. Investiga, em segredo de Estado, que o Senador Suplicy denunciou a venda de terreno do Banco do Brasil, e, por fim, prova que o cadastro do MTB Bank confirma quando o tucano Ricardo Sérgio também operou com doleiros.
Por sua vez, Veja, outra revista similar, edição 1851, ano 37, nº 17, com sede em São Paulo, junto à Editora Abril, a 28 de abril de 2004, pp.40-47, publica a corrupção que grassa os poderes públicos na esfera municipal, estadual e federal por meio de escândalos estampados em sua capa sob o tema “Uma praga nacional: corrupção e inépcia nas prefeituras desviam mais de 20 bilhões de reais por ano”. Ressalte-se, portanto, que contra tais fatos de irresponsabilidade e dependência de competências desses poderes públicos municipal, estadual e federal não há mais argumentos. O mais absurdo é que esses municípios brasileiros recebem proporcionalmente a maior quantidade de repasses federais em todo o mundo. Eles ficam com 15% da arrecadação nacional. No México, por exemplo, Estados e municípios somados ficam com apenas 3%. A média mundial de repasses a prefeituras é de 6%. Eis aí porque é impossível negar que o país seja Brasil, o signo da corrupção. Veja detalha “o perdulário municipalismo brasileiro” pelas pragas urbanas, desperdício, desvio e corrupção, a saber:
1º. 107 bilhões de reais é quanto movimentam por ano as 5.560 prefeituras do país, entre recursos próprios, estaduais e federais;
2º. 20 bilhões de reais é quanto se estima que suma todos os anos no ralo da corrupção aberto nas prefeituras brasileiras;
3º. 400% é quanto aumentou a média de desvio de recursos federais pelas prefeituras nos últimos cinco anos;
4º. 60.000 é o número de vereadores no país. Pela lei, há um excesso de 9.000, mas os políticos resistem a reduzir;
5º. 1.500 é o número de cidades no país que gastam mais com vereadores do que com necessidades da população;
6º. 600 é o número de municípios criados artificialmente na última década, apenas para ter acesso a repasses de verba.
São Paulo, 29 de maio de 2007.
Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos
(Presidente da Fundação Científica Reis de Leão e Astúrias/FUCIRLA)
[i] BÍBLIA SAGRADA. “Gênesis”, capítulo 6. 90ª edição, revista por Frei João José Pedreira de Castro, O.F.M., e pela equipe auxiliar da Editora; Tradução dos originais mediante a versão dos Monges de Maredsous (Bélgica) pelo Centro Bíblico Católico; Editora “Ave Maria” Ltda., Rua Martim Francisco, 656, Caixa Postal 615, São Paulo-SP, Brasil, 1993, pp.53-54.
[ii] BÍBLIA SAGRADA. “Gênesis”, capítulo 6. 90ª edição, revista por Frei João José Pedreira de Castro, O.F.M., e pela equipe auxiliar da Editora; Tradução dos originais mediante a versão dos Monges de Maredsous (Bélgica) pelo Centro Bíblico Católico; Editora “Ave Maria” Ltda., Rua Martim Francisco, 656, Caixa Postal 615, São Paulo-SP, Brasil, 1993, pp.53-54.
Análise de pressupostos II sobre Brasil, o signo da corrupção
Ao reportar-se às cruzadas de suas denúncias no entorno dos escândalos de corrupção dos casos Henrique de Campos Meirelles, Luiz Augusto Candiota, Cássio Casseb, CPI do Banestado, Vampiros da Máfia do Sangue no Ministério da Saúde, Conselho Federal de Jornalismo ou a Lei de Mordaça, – estopim iniciado por meio de blefe do Palácio do Planalto na decisão de expulsar do Brasil o jornalista americano Larry Rohter, que, a serviço da informação no país há mais de 34 anos, publica no New York Times, no início de 2004, matéria sobre o compulsivo vício de bebida alcoólica do dirigente da nação estar comprometendo seriamente as suas decisões políticas, administrativas, sociais, culturais, econômicas e profissionais – e o avião de US$ 57 milhões de dólares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Veja dedica-lhes mais de seis edições entre 7 de julho e 11 de agosto de 2004, além de explorar, ainda que de forma pálida, o episódio em sua edição 1854, fazendo-lhe alusão cômica, senão de coroação-bufa, ao tema “Afasta de mim esse cálice”:
1ª. Veja. Edição 1854, ano 37, nº 20, São Paulo, Editora Abril, 19 de maio de 2004, pp.36-43., com destaque à capa o tema “Tempestade no copo: ‘como o governo transformou uma questão trivial criada por uma reportagem do New York Times em uma crise de grandes proporções’ ” e à matéria interna “Afasta de mim esse cálice: ‘Impulsividade de Lula e assessores tresloucados transformam uma questão prosaica criada por reportagem do New York Times em uma grande crise’ (...) ‘O Palácio do Planalto anunciou a decisão de expulsar do país o autor da reportagem, o jornalista Larry Rohter, 54 anos, que trabalha no Brasil desde os anos 70.’ ”;
2ª. Veja edição 1861, ano 37, nº 27, São Paulo, Editora Abril, 7 de julho de 2004, pp.82-94, 26, 42-45,102, com destaque à capa o tema “Por que eles não ficam presos - Nunca se investigou tanto a roubalheira, mas condenar corruptos ainda é coisa rara no Brasil” – “Nenhuma ligação com ‘Vampiros no gabinete: com dois homens de confiança acusados de corrupção, o ministro da Saúde, Humberto Costa, fica em situação delicada.’ - Veja edição 9 de junho de 2004” – “O PT rumou às vagas no governo e produziu a maior ocupação de cargos públicos da história. Os maus resultados já aparecem. (...) No governo do PT, a máquina engasgou, justamente em alguns de seus órgãos vitais e de desempenho mais notável no passado.” – “Rumo à ‘estação INSS’: ‘Militantes que queriam derrubar a ditadura para instalar a sua própria vão ganhar 4 bilhões de reais em indenizações.’ – ‘Protesto nos anos 60: discípulos de Lenin no Brasil inventaram a revolução com seguro e aposentadoria.’ – ‘O escritor Cony: pensão oficial de 19.000 reais por ter sido demitido de jornal na ditadura.’ ”;
3ª. Veja edição 1862, ano 37, nº 28, São Paulo, Editora Abril, 14 de julho de 2004, pp.38-41, 42-45 com destaque à capa o tema ‘Lula x Kirchner’ – “A guerra das geladeiras” e a matéria interna “O Mercosul foi parar na geladeira - O déficit acumulado pelo Brasil é de 7 bilhões de dólares” – “Aos amigos tudo... o presidente da República libera verba para quem julgar mais adequado. (...) mas há outros aspectos a considerar.(...) o privilégio aos aliados, ou a quem quer que seja, fere um princípio republicano segundo o qual os bens públicos não podem ser manipulados partidariamente – e nada é mais bem público do que o Orçamento da União.”;
4ª. Veja edição 1863, ano 37, nº 29, São Paulo, Editora Abril, 21 de julho de 2004, pp.9,30,34,42-45,50-51,87,109,114 com destaques para os temas “Avião do presidente do Brasil” – “Sem terremotos nem vulcões, mas...” – “Extras dos deputados brasileiros” – “Avião e crescimento na cabeça de Gushiken” – “Um vampiro musical: Laerte Corrêa Junior, lobista e um dos vampiros da Máfia do sangue (...) chegou a empresariar shows dos sertanejos petistas Zezé Di Camargo & Luciano.” – “A fé e as eleições: por que subitamente os políticos descobriram Deus” – “É pura burocracia” – “Impunidade sexual: ‘Em Cuiabá, há uma boate em que adolescentes são exploradas sexualmente. Tem matinê. Na Paraíba, um fiscal da Receita fazia sexo com crianças em troca de bolacha recheada e iogurte.’ ” – “Como voam os presidentes” – “Seria o caso de mudar para Cabul?: ‘As crianças deficientes do Afeganistão estão melhor do que antes. As do Brasil, pior. O governo Lula as lesou em mais de uma oportunidade.’ ” – “Argentina que humilha, China que consola: ‘O Brasil, em 72º lugar (IDH de 0,775) fica atrás de Santa Lúcia (71º, 0,777) (...) ilhota do Caribe, que tem Castries como capital.’ ”;
5ª. Veja edição 1864, ano 37, nº 30, São Paulo, Editora Abril, 28 de julho de 2004, pp.34-35, 42-49, 50-54, 84, 109 com destaque de capa e matérias internas para os temas “Dilma Rousself: A senhora ‘Marco Regulatório’ ” – “Guido Mantega 2” – “Gilberto Gil 2” – “Cinco Novas Universidades” – “Trincheira contra os impostos - Sobra pouco dinheiro porque o governo fica com quase tudo: 65,7% da renda familiar” – “Um negócio de espiões: Disputa comercial entre empresas de telefonia resvala para a espionagem corporativa que acabou monitorando contas bancárias e bisbilhotando a vida de gente em altas posições no governo” – “Armadilhas do poder” – “Perde, Brasil: ‘Usar dinheiro público para patrocinar o time de voleibol a gente engole. Para patrocinar a torcida é demais. O Banco do Brasil irá gastar 9,5 milhões de reais para patrocinar a torcida brasileira nas Olimpíadas. O jeito é torcer contra nossos atletas.’ ”;
6ª. Veja edição 1865, ano 37, nº 31, São Paulo, Editora Abril, 4 de agosto de 2004, pp.38-40, 46-47, 48, 167 com destaque de capa e matérias internas para os temas “Banco Central: mais um embaraço para Meirelles” – “Meirelles na mira: ‘A Empresa Meirelles e o contrato da Catenária: o presidente do BC não informou à Comissão de Ética Pública do governo federal a criação da firma, que ocorreu após sua indicação ao cargo.’ ” – “Uma cena triste: ‘Lula desfila em carro aberto ao lado de ditador africano acusado de roubar vários milhões de dólares de seu país’ ” – “Estava tudo errado: TCU pede que ONG de petista devolva dinheiro ao governo, 19 milhões de reais: O Tribunal de Contas da União divulgou, na semana passada, o resultado de dois meses de investigações sobre a Ágora, a ONG que pertence ao empresário Mauro Dutra, amigo do presidente Lula.” – “Brasil, cúmplice de um crime: ‘Lula foi à África. De novo. Assinou acordos para o plantio de mandioca com o ditador do Gabão. Deveria ter aproveitado a viagem para condenar o regime genocida do Sudão. Preferiu falar sobre maracatu.’ ”;
7ª. Veja edição 1866, ano 37, nº32, São Paulo, Editora Abril, 11 de agosto de 2004, pp.9, 42-49, com destaque de capa e matérias internas bombásticas para os temas “ ‘Denúncias contra Henrique Meirelles’ – ‘Tem salvação?’ – ‘Por que o governo do PT não abandona o presidente do BC aos tubarões’ ” – “Promoção a povo” – “ ‘A precária situação de Henrique Meirelles’ – ‘Muito além da crise: na conta dos doleiros 50 mil dólares’ – ‘A Receita não sabia: Meirelles dono da empresa Catenária desde outubro de 2003’ – ‘Uma mala de dinheiro: primo de Meirelles preso com 32 mil reais’ – ‘Terreno por 1 centavo: Meirelles comprou terreno e registrou em cartório por 1 centavo de real’ – ‘O tamanho da fortuna: Meirelles declara à Receita Federal patrimônio de 96 milhões de reais e à Justiça Eleitoral declara 45 milhões de reais, omitindo 51 milhões de reais’ ”.
São Paulo, 29 de maio de 2007.
Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos
(Presidente da Fundação Científica Reis de Leão e Astúrias/FUCIRLA)
Análise de pressupostos III sobre Brasil, o signo da corrupção
O Jornal do Brasil numa terça-feira, a 27 de julho de 2004, p.A2, publica a matéria-bomba “Um rombo de R$11,9 bilhões” como arrecadação recorde da Previdência, mas que não impediu déficit de R$12 bilhões só no primeiro semestre de 2004, superando assim os R$10,3 bilhões no mesmo período de 2003. Corrupção esta desse mesmo governo atual, que se deixa facilmente, e de forma intrigante, seduzir pelo canhestro “canto da sereia” do poder corrupto. Além ainda de sua inescrupulosa “fogueira das vaidades”, queimando o dinheiro do povo, que vão desde churrascos, e gestos de nepotismo exacerbado aos amigos pessoais, e de foro íntimo, convidados às temporadas de lazer nas dependências oficiais do presidente Lula, à custa do erário público. Há até desfrutes megalômanos como o “AeroLula”, um avião de luxo, com banheira extravagante e outros atributos supérfluos, custando à nação a fortuna descabida de US$ 57 milhões de dólares, vaidade que causaria inveja à rainha de Sabá.
A Folha de S. Paulo na sexta-feira, 30 de julho, de 2004, em sua capa e na página B5, também, após trazer à tona inúmeras denúncias que já somam mais de mil registros na internet, uma vez mais estampa em suas manchetes escândalos recentes no entorno dos casos Meirelles, Candiota e Casseb, dirigentes do Banco Central e Banco do Brasil. Dentre tantas chamadas de escândalos acentua a corrupção do presidente do Banco Central (Henrique Meirelles) e seu diretor de política monetária (Luiz Augusto Candiota) e Cássio Casseb, presidente do Banco do Brasil. Esses três dirigentes são apontados em crimes de corrupção em matérias como “Papéis revelam conta omitida por ex-diretor” de política monetária do BC, que tinha conta no Citibank-EUA, e movimentou US$ 1,02 milhão de dólares entre 2001 e 2002 sem declarar à receita, além de omitir outras contas, conforme declaração do Ministério Público de Nova Iorque ao Ministério da Justiça, ao Ministério Público Federal e à CPI do Banestado.
O Governo Lula do PT de campanhas trilionárias atinge o auge da incoerência quando surge mais uma nova modalidade de corrupção: a indústria de concursos e pseudas seleções de candidatos às vagas fantasmas de trabalhos inexistentes, extorquindo taxas absurdas, por menores que sejam, porque quem está desempregado não tem dinheiro, um arromba portas à criminalidade. Ainda no caderno “Empregos”, tentando minimizar o desemprego que assola o país do Oiapoque ao Chuí, inclusive, no que deveria ser o maior plano de capacitação de uma nação, em nível de doutores formados, a Folha de S. Paulo no domingo, 4 de julho de 2004, pp.2-3, publica enormes matérias em seu Espaço Reduzido.
Contudo, o seu tiro sai completamente pela culatra, e acaba, por assim dizer, destacando ainda mais tal desemprego quando atinge, também no total, cerca de 8.000 doutores que se formam anualmente, custando ao Brasil R$ 200 mil cada, conforme seus próprios dados que se corrigem aqui:
1º. “Brasil bate marca de 8.000 doutores por ano” - Previsão do governo é chegar a 10 mil em 2006, mas iniciativa privada não absorve demanda. "Mercado aguarda votação da Lei de Inovação". Três esferas envolvidas reconhecem que faltam estímulos para empresas investirem em pesquisas;
2º. Doutores no Brasil formados por ano e o total deles nestes últimos 17 anos:
1987 = 868; 1988 = 921; 1989 = 1.047; 1990 = 1.302; 1991 = 1.489; 1992 = 1.766; 1993 = 1.803; 1994 = 2.113; 1995 = 2.528; 1996 = 2.949; 1997 = 3.497; 1998 = 3.949; 1999 = 4.853; 2000 = 5.335; 2001= 6.042; 2002 = 6.843; 2003 = 8.094; Total = 55.399;
3º. Alunos de doutorado no Brasil = 40,2 mil;
4º. Doutores e alunos de doutorado no Brasil = 95.599;
5º. Custo do Brasil na formação de 95.599 doutores nesses 17 anos = R$ 19,11 trilhões;
6º. Custo do Brasil por formação de um doutor em média = R$ 200 mil;
7º. 65% dos titulados no fim dos anos 90 foram pro universo acadêmico;
8º. Duração média do curso de doutorado = 52 meses;
9º. 81% dos doutores formados em 2002 estavam no Sudeste;
10º. 60% do total anual de titulados é de São Paulo;
11º. 51 mil doutores atuam em instituições de ensino superior do país;
12º. Titulados por área: Ciências Exatas e da Terra = 799; Ciências Biológicas = 1.056; Engenharia e Ciências da Computação = 1.109; Ciências da Saúde = 1.549; Ciências Agrárias = 1.026; Ciências Sociais Aplicadas = 736; Ciências Humanas = 1.283; Lingüística, Letras e Artes = 415; Multidisciplinares e Ensino de Ciências = 121;
13º. Porcentagem por Região na Academia e por Instituição: Sudeste = 61,22%; Sul = 18,41%; Nordeste = 12,28%; Centro-Oeste = 5,85%; Norte = 2,24%; Porcentagem por Instituições Públicas = 65,4%; Porcentagem por Instituições Privadas = 34,6%;
14º. Atuação e Performance dos Titulados: 42 mil são os doutores que lidam com pesquisa em instituições de ensino ou em instituições de pesquisa;
15º. Apenas 750 doutores empregados em pesquisa e desenvolvimento de empresas no país.
Em suma, há um desperdício de capital da União e do erário público do Brasil, por não aproveitar ou investir sem retorno nessa formação e plano de capacitação em nível de doutorado, na ordem de R$ 19,11 trilhões, custo total nos últimos 17 anos à Nação. Plano de capacitação esse de responsabilidade única e exclusiva do MEC, mas que já acena de forma transparente para um dos maiores escândalos de corrupção do Estado brasileiro. Corrupção esta agora sobre os doutores injustiçados do país, os únicos deserdados e abandonados à sorte do desemprego pela prática criminosa do INEP, MEC, CAPES, CNPq, SBPC, FAPESP, CEBRAP, IFES, IES e demais órgãos congêneres. Órgãos estes que manipulam, inescrupulosamente, sobre os maiores dados de corrupção na educação. Embora a sociedade, tão necessitada aos extremos e já vivendo em petição de miséria e em condições abaixo da linha de miséria, clame pelos retornos imediatos dos R$ 19,11 trilhões e a volta dos desempregados doutores desafortunados.
Contudo, a experiência tem mostrado que isso não passa de quimera ou farra mera na qual tudo termina em pizza. Assim, é preferível extinguir o INEP, MEC, CAPES, CNPq, SBPC, FASPESP, CEBRAP, IFES, IES e demais órgãos congêneres, polícias, exército e suas verbas serem destinadas à educação sob um novo prisma, como na Costa Rica que assim o faz com sabedoria, por exemplo.
São Paulo, 29 de maio de 2007.
Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos
(Presidente da Fundação Científica Reis de Leão e Astúrias/FUCIRLA)
Análise de pressupostos IV sobre Brasil, o signo da corrupção
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP vem a ser célula corrupta nas instâncias governamentais, segundo a matéria na seção “Ensino Superior” sob o título “Procuradoria acusa Estado de exercer atividades reservadas ao MEC”, assinada pela jornalista Adriana Chaves, no caderno Cotidiano de a Folha de S. Paulo, que vem a público na segunda-feira, 23 de agosto de 2004, p.C7. Esta matéria deixa claro que o vestibular está ameaçado em 14 instituições, além de denunciar que o Estado do Tocantins autoriza criação de faculdade particular com a conivência do INEP, órgão ligado ao MEC, no qual aparece em seu site a FIESPEN como instituição “particular em sentido estrito”, com decreto estadual de criação de 25 de maio.
Contra tais fatos não há mais argumentos, razão pela qual o Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos, num empreendimento só comparado ao Dom Quixote de Cervantes, é autor em mais de 28 processos que, de saída, condenariam as IES: IESP, PUC-SP, UniABC, Uninove, Uniban, FIAP, FAL; IFES: UFRJ, UFMS, UFPB; USP; a General Motors do Brasil-GMB, MEC, CAPES, CNPq, SBPC, FAPESP, CEBRAP e o INEP à corrupção, se não fosse corrupto também o judiciário brasileiro de baixíssimo meritíssimo. Mérito baixo este no qual sua última greve durou mais de 100 dias em São Paulo, causando 12 milhões de processos parados; 600 mil sentenças sem serem assinadas; mais de 400 mil audiências não realizadas; 1.500 presos sem serem libertos; 1,2 milhões de processos represados. Daí que o Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos é injustiçado como autor destes processos, a saber:
1º Processo Nº 00190.009566/2006-19 Denunciado: Instituto de Educação Superior da Paraíba/IESP, Presidência da República/Controladoria-Geral da União/Secretaria-Executiva, Brasília-DF;
2º Processo Nº 00190.005651/2006-08 Denunciado: Instituto de Educação Superior da Paraíba/IESP, Presidência da República/Controladoria-Geral da União/Secretaria-Executiva, Brasília-DF;
3º Processo Nº 00190.006380/2006-08 Denunciado: Instituto de Educação Superior da Paraíba/IESP, Presidência da República/Controladoria-Geral da União/Secretaria-Executiva, Brasília-DF;
4º Ofício Nº 15078/2006/CGU-PR Denunciado: Instituto de Educação Superior da Paraíba/IESP, Presidência da República/Controladoria-Geral da União/Secretaria-Executiva, Brasília-DF;
5º Ofício PRG/GAB/Nº 444 Denunciado: Instituto de Educação Superior da Paraíba/IESP, Procuradoria Geral da República, Brasília-DF;
6º. Ofício nº 00611/2006 Denunciado: Instituto de Educação Superior da Paraíba/IESP, Senado Federal/Gab Sen Eduardo Matarazzo Suplicy, Brasília-DF;
7º. Carta nº 00612/2006 Denunciado: Instituto de Educação Superior da Paraíba/IESP, Senado Federal/Gab Sen Eduardo Matarazzo Suplicy, Brasília-DF;
8º. Processo Nº 000.03.723272-0 Ré: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo/PUC-SP, Tribunal de Justiça/1ª Vara do Juizado Especial Cível, Vergueiro, São Paulo-SP;
9º. Processo Nº 02392200301902006 Ré:UniABC, 19ª Vara do Trabalho/Forum Cásper Líbero, São Paulo-SP;
10º. Processo Nº 00850200443102000 Ré:UniABC, 1ª Vara do Trabalho/Forum da Justiça de Santo André-SP;
11º. Processo Nº 01429200201902008 Ré:Uninove, 19ª Vara do Trabalho/Forum Cásper Líbero, São Paulo-SP;
12º. Processo Nº 96.7671-5 Ré: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-UFMS, 3ª Vara da Justiça Federal/Forum de Campo Grande-MS;
13º. Processo Administrativo Nº 08111.000473/96-69 Denunciada: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-UFMS, Ministério Público Federal/Procuradoria Geral da República, Brasília-DF;
14º. Processo Nº 08000.011437/96-60 Denunciada: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-UFMS, Ministério da Justiça/Comissão da Ouvidoria Geral da República, Brasília-DF;
15º. Processo Nº 23000.015959/96-14-MEC Denunciada: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-UFMS, Ministério da Educação, Brasília-DF;
16º. Processo Administrativo Nº 08111.000027/98-25 Denunciada: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-UFMS, Ministério Público Federal/Procuradoria da República em Mato Grosso do Sul, Campo Grande-MS;
17º. Processo Nº 23104.002170/96-72-UFMS Denunciada: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-UFMS, Reitoria/UFMS, Campo Grande-MS;
18º. Processo Nº 23104.004489/96-13-UFMS Denunciada: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-UFMS, Reitoria/UFMS, Campo Grande-MS;
19º. Processo Nº 23104.004482/96-66-UFMS Denunciada: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-UFMS, Reitoria/UFMS, Campo Grande-MS;
20º. Processo Nº 000.01.053687-5 Ré: General Motors do Brasil-GMB, 14ª Vara Cível-Rito Ordinário/Forum João Mendes, São Paulo-SP;
21º. Ofício nº 00702/2004 Denunciado: INEP, Senado Federal/Gab Sen Eduardo Matarazzo Suplicy, Brasília-DF;
22º. Ofício nº 00703/2004 Denunciado: INEP, Ministro de Estado da Educação, Brasília-DF;
23º. Ofício Nº 7331/2003-MEC/SESu/DEDES Denunciada: Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, Ministro de Estado da Educação, Brasília-DF;
24º. Ofício Nº 7331/2003-MEC/SESu/DEDES Denunciada: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-UFMS, Ministro de Estado da Educação, Brasília-DF;
25º. Ofício nº 00171/2001 Denunciada: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-UFMS, Ministro de Estado da Educação, Brasília-DF;
26º. Carta nº 00172/2001 Denunciada: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-UFMS, Senado Federal/Gab Sen Eduardo Matarazzo Suplicy, Brasília-DF;
27º. Registro nº 00014234/26-11-2003 Denunciada: Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Odontologia/USP, Cidade Universitária, São Paulo-SP;
28º Processo Nº 97/05142-3 Denunciada: Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo/Fapesp, Rua Pio XI, 1500, Alto da Lapa, São Paulo-SP, 05468-901; Endereço eletrônico “INFO@FAPQ.FAPESP.BR.
São Paulo, 29 de maio de 2007.
Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos
(Presidente da Fundação Científica Reis de Leão e Astúrias/FUCIRLA)
Análise de pressupostos V sobre Brasil, o signo da corrupção
Agosto de 2004 foi o mês não das caças às bruxas, mas aos moradores de rua em São Paulo e no Brasil, quando juntos registraram na última década nove massacres impunes que chocam o mundo pela barbárie dessas chacinas de extermínio aos excluídos da sociedade, somente comparadas à Baixada Fluminense entre os municípios de Nova Iguaçu e Queimados/Rio de Janeiro-RJ = 30 mortos; Candelária/Rio de Janeiro-RJ = 8 mortos; Vigário Geral/Rio de Janeiro-RJ = 21 mortos; Carandiru/São Paulo-SP = 111 mortos; Operação Castelinho/Sorocaba-SP = 12 mortos, farsa militar paulistana do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho; Ianomâmis/Território de Roraima = 12 mortos; Corumbiara/Rondônia-RO = 11 mortos; Eldorado dos Carajás/Pará-PA = 19 mortos.[i]
Tamanha e assombrosa é a estatística dessas baixas humanas que dá assim a maior demonstração de descaso e corrupção de autoridades jurídicas, políticas, militares, administrativas, sociais, religiosas, econômicas e filantrópicas, nas esferas municipal, estadual e federal. Daí virem a calhar essas matérias “Candelária Paulista: Morre quarta vítima de ataque no centro”; “Com medo mas sem opção, pessoas seguem dormindo na rua”, assinadas pelos jornalistas Victor Ramos, Fabio Schivartche e Mariana Viveiros na Folha de S. Paulo, caderno Folha Cotidiano, sábado 21 de agosto de 2004.
Então, novamente, na segunda-feira, 23 de agosto de 2004, logo na primeira página a Folha de S. Paulo estampa a manchete “Quatro pessoas foram feridas em outra agressão no centro de SP; desde quinta, são 15 vítimas, com 6 mortes: Moradora de rua morre em novo ataque”. O mais grave consiste no registro de tamanha catástrofe se arrastar a dias e nenhuma providência tomada ou quaisquer diligências entraram como prioridades neste particular; não há sequer uma pista e nem indício algum foi encontrado pela polícia até agora, o que espanta a todos:
“Uma nova série de ataques a moradores de rua ocorreu ontem de madrugada em São Paulo. Uma mulher morreu e três outras pessoas ficaram feridas. Desde quinta, os ataques contra os sem-teto na cidade já fizeram 15 vítimas - 6 delas morreram e a maioria está em estado grave. A polícia ainda não tem pistas dos criminosos.” (Folha de S. Paulo, segunda-feira, 23 ago. 2004, p.A1.)
Estudantes universitários também são executados como mártires sem causa por policiais, e nem precisam ser ativistas ou militantes de quaisquer movimentos revolucionários, a despeito do Calabouço Restaurante Popular, no Rio de Janeiro, quando a polícia militar e uma tropa da aeronáutica executam a 28 de março de 1968 o estudante Edson Luis em protesto contra aumento de preços das refeições.
Eis então porque as polícias e exército devem ser extintos e substituídos por nova espécie de Centúria (uma das divisões políticas dos romanos, formada por 100 cidadãos) e seu respectivo Centurião (Comandante de uma Centúria) a fim de se evitar desastres policiais corruptos como o de domingo 29 de agosto de 2004, no qual policial militar executa sumariamente, por motivo torpe e de forma pusilânime, o estudante de Jornalismo, Thomas Schwarzenberg Vicente, da Universidade Mackenzie, conforme a matéria “Polícia que Mata” na Folha de S. Paulo, caderno Cotidiano, quinta-feira, 2 de setembro de 2004, p.C5. O que em muito choca e espanta a todos é que tais fatos tornaram-se rotinas do trivial, óbvio e ululante sem quaisquer manifestações de repúdio da sociedade. Quando muito há passeata anêmica ou matéria jornalística sem repercussão, escondida nas entranhas do anonimato de mídia corrupta, descomprometida com as causas do povo ou um movimento estudantil amorfo, incompetente e impotente, agora imagine o cidadão?
São Paulo, 29 de maio de 2007.
Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos
(Presidente da Fundação Científica Reis de Leão e Astúrias/FUCIRLA)
[i] PINHO, Angela et all. “Chacinas - Feridas Abertas: Impunidade dos massacres desafia Justiça e envergonha o país” In:Problemas brasileiros:chacinas - o país ainda espera por justiça - menor assassinado em frente à Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro. São Paulo,Revista bimestral,nº 359, ano XLI, set./out., 2003, pp.4-11.
Análise de pressupostos VI sobre Brasil, o signo da corrupção
No domingo, 22 de agosto de 2004, a Folha de S. Paulo publica matéria sobre denúncias contra o governo petista, assinada por Plínio Fraga, na seção Brasil, p.A13: “Gabeira revê 79 e ataca ‘sonho burguês’ do PT: ‘Descobriram, deslumbrados, que o mais importante é ficar no governo e secundário o que será do país. A presidência para Lula é uma ascensão material’ ” . Não é à toa que o presidente do Lulismo, desde há muito, já fez a sua opção pelo “AeroLula”, avião de US$ 57 milhões de dólares em detrimento do povo que vive abaixo da linha de miséria brasileira. Miséria esta que vem de há muito grassando todas as regiões do Brasil e com maior intensidade e profundidade mais acentuada ainda a sua gente do Nordeste, da qual descende, mas nega todo instante na prática e nas convicções sua própria origem, e contra tais fatos não há mais argumentos.
Surdo como uma porta o governo Lula sequer atende às súplicas de desempregados desesperados à beira da morte quais miseráveis abaixo da linha de miséria e condenados à flagelação, tamanho o sentimento de traição e decepção que lhes causa o paspalho presidente petista. Todavia, o que a todos espanta é a frieza e o descaso com que o governo Lula do PT insensível e intocável recebe esses fatos desastrosos frutos de sua política de desserviço e destrabalho. Tem-se trágico o caso do desempregado José Antonio Andrade de Souza, capixaba de 30 anos, que após passar dois dias na Praça dos Três Poderes, carregando dois cartazes com os dizeres: “Senhor presidente, vendi meu barraquinho para vir falar com o senhor.” Mas ao ver seu intento fracassado ateia fogo ao próprio corpo em frente ao Palácio do Planalto, e chega a óbito conforme matérias na Folha de S. Paulo: “Desempregado se incendeia no Planalto”, quarta-feira, 14 de abril de 2004, caderno Brasil, p.A6; “Morre desempregado que tentou suicídio em frente ao Planalto”, segunda-feira, 19 de abril de 2004, caderno Brasil, p.A6.
A 3 de dezembro de 2004 O Estado de S. Paulo, Ano 125, Nº 40589, traz esta manchete na 1ª página: “PF prende 10 por fraude no TCU: Entre os presos, diretores do órgão de fiscalização; empresa de ministro está envolvida”. Trata-se de um dos maiores escândalos de corrupção no Governo Lula do PT, no qual a tese de que até a Justiça do TCU, no Brasil, é de baixíssimo meritíssimo, além de corrupta, pois como pode o Tribunal de Contas da União estar completamente podre por dentro e fora, quando sua atribuição seria fiscalizar as verbas públicas jamais surrupiá-las. Daí o trecho desta manchete vir a ser agora de domínio público: “A Polícia Federal desmontou ontem um esquema de fraudes em licitações públicas, corrupção, cartelização e tráfico de influência. Foram presas dez pessoas. Os acusados são diretores do Tribunal de Contas da União (TCU) e a empresa do ramo de segurança, Confederal, pertencente ao Ministro das Comunicações, Eunício Oliveira.”
Como é notório, a moda de Ministros corruptos no lulismo do Governo Lula também pegou e chegou pra ficar de vez mesmo, contra tais fatos não há mais argumentos nem dúvidas.
Com outra versão mais detalhada, também, a 3 de dezembro de 2004 o jornal Folha de S. Paulo traz estampada em sua 1ª página a manchete sobre esse escândalo de corrupção nas entranhas do Governo Federal do presidente Lula, no lulismo do PT, quem diria no próprio órgão TCU, que tem como atribuição fiscalizar as verbas públicas: “PF prende quatro servidores do TCU suspeitos de fraude.” Saliente-se que em todos os jornais do Brasil, “de cabo a rabo”, estão estampadas manchetes como estas, a saber, veja-se este trecho: “A Polícia Federal prendeu em Brasília seis executivos e donos de empresas de segurança particular e quatro servidores do Tribunal de Contas da União, que ajuda o Congresso a verificar a lisura dos gastos federais. Eles são suspeitos de fraudar um parecer técnico e pelo menos duas licitações realizadas pelo TCU em 2004. Os contratos somam R$ 11,99 milhões. (...) Uma das firmas, que teve um diretor preso, é do Ministro das Comunicações, Eunício Oliveira (PMDB), que se disse afastado dos negócios.”
O jornal Folha de S. Paulo explora ainda mais esse escândalo em sua p.A4, Caderno Brasil, de sexta-feira, 3 de dezembro de 2004, quando abre fato e manchete assim: “Ação da Polícia Federal que apreendeu ontem documentos da empresa Confederal, do ministro Eunício Oliveira (Comunicações)”, mas desta vez mostra manchete maior com o seguinte destaque: “PF prende dez acusados de fraudar licitações no TCU”.
“TCUgate”, “Inepgate”, “Lulagate”, “Waldomirogate”, “ZéDirceugate”, “Beneditagate”, “Meirellesgate”, “Candiotagate”, “Cassebgate”, “BCgate”, “BBgate”, “PTgate”, “CEFgate” e tantos outros gatunos resultam num Brasil despencando numa queda desastrosa e irreversível de 8ª para 15ª Economia Mundial, 65º para 72º no IDH da ONU. Desempregados, “2,5 milhões de brasileiros imigraram para sobreviver”. Eis outra corrupção dentre tantas hecatombes, até na educação nacional, como é o caso do MEC e sua célula, o INEP, ou “Inepgate”, que se estabelecem por meio de governos corruptos e incompetentes. Queda nas pesquisas do Governo corrupto do projeto “Fome Zero” ou “Lulagate”; Escândalos nas entranhas do Palácio da Alvorada, Banco Central, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Três Poderes, e entorno do Governo da decepção e traição, segundo a opinião pública quando condena Zé Dirceu/Waldomiro Diniz, Benedita, Meirelles, Candiota, Casseb e outros corruptos como os do “Inepgate”.
Eis a radiografia da corrupção no Estado brasileiro e ensino superior do Brasil. E eis a problematização: Onde há mais bandos de corruptos de altíssima periculosidade? Como vão responder pelos crimes de corrupção e formação de quadrilha no serviço público? Até quando os brasileiros ficarão apáticos com esses corruptos insaciáveis? Qual o crime organizado da educação nacional que virou saco de esterco no ensino superior? Quem são os corruptos, criminosos de altíssima periculosidade, que compõem tal antro de bandidos e facínoras do “Inepgate”, órgão de quinta categoria no país decaído, na máfia brasileira do ensino superior e da parte do crime organizado, também, na educação superior do Brasil, depenado pelo seu mentor ideológico e intelectual: o MEC? Como acobertam esses criminosos, afinal? Por que não renunciam nem se extinguem corrupções e saques à soberania nacional, ao erário público dos cerca de 200 milhões de brasileiros usurpados?
Quando o povo brasileiro, responsável pelo erário público do país, gritará, como já o fez Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos por meio de denúncias contra o INEP via Ofício nº 00702/2004 e Ofício nº 00703/2004, encaminhados pelo Senador Eduardo Matarazzo Suplicy às instâncias cabíveis, muito embora, diga-se de passagem, engavetados no Ministério da Educação, Ministério da Justiça, Ministério Público e Procuradoria Geral da República, que se deveria chamar Engavetadoria Geral da República. É assim que o Governo corrupto no lulismo do PT explica tudo por meio do absurdo, como é o caso, também, dos cartões de crédito sem limites de seus 32 mil marajás, pseudo-invenção em segredo de Estado, mas à custa do erário. Era só o que faltava! Razão pela qual Charles André Marie Joseph de Gaulle [1890-1971] presidente da França afirma em 1965: “O Brasil não é um país sério.”
Outra prova dessa podridão política é a reeleição também fruto de corrupção porque prolonga a efetividade de governos corruptos como o lulismo no poder. Além ainda de representar retrocesso às práticas corruptas das velhas oligarquias nefastas, desde o início da república, e ressuscita resquícios de corrupções do que era de pior da monarquia e seus feudos criminosos.
São Paulo, 29 de maio de 2007.
Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos
(Presidente da Fundação Científica Reis de Leão e Astúrias/FUCIRLA)
Análise de pressupostos VII sobre Brasil, o signo da corrupção
Não bastasse a corrupção dos órgãos federais e municipais, também patrícios são assaltados pelas práticas corruptas acima de quaisquer suspeitas inimagináveis de instituição estadual como a USP, por meio de sua Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Odontologia/Fundecto, sito à Av. Prof. Lineu Prestes, 2227, Cidade Universitária, São Paulo-SP, 05508-900, telefones: 3819-6110/3819-6116/3819-6350, internet: www.fundecto.com.br, que cobra somas exorbitantes de pessoas carentes, apesar de divulgar na mídia a gratuidade de seus serviços. E por que é corrupta? Porque é consabido que recebe verbas públicas para tal, mas ainda assim pratica crimes de extorsão duas vezes contra o Estado, o erário público e uma terceira contra os contribuintes, lesando-os por meio de usurpação sobre taxas abusivas na forma mais truculenta, absurda e cruel aos olhos de qualquer assistência social verdadeira, honesta, generosa e sem fins lucrativos como deveria ser o seu papel caso não fosse corrupta.
Depois da devastação social, política, econômica, jurídica, cultural e artística do regime militar ditador, por um longo período de vinte e um anos irrecuperáveis, não bastasse ainda assalta a nação agora mais uma outra era de corrupção nefasta. Era e períodos negros esses instaurados exclusivamente pelos governos civis dos presidentes Sarney, Collor-Itamar, Fernando Henrique Cardoso e, pasmem com tanta decepção e traição, o lulismo de Lula do PT corruptor do dízimo aos seus filiados e militantes condenados úteis, recheados de escândalos desde 1985 a 2004, conforme seus interesses espúrios, denunciados neste Brasil, o signo da corrupção. É inadmissível que, por ocasião do impeachment de Collor, a dívida externa do Brasil estava estacionada num total de US$ 56 bilhões de dólares, e que agora, se espantam todos, decorridos mandatos do Governo Lula, tenha chegado, de forma misteriosa e insaciável, à soma vultosa de US$ 1 trilhão de dólares ou mais.
Todavia, o pior é que o Governo Lula, o Rei das MP's, insiste em explicar tudo isso, e mais o escândalo sobre a corrupção de Henrique Meirelles, por meio do absurdo, chegando ao cúmulo de criar medida provisória que lhe dá status de Ministro, visando assim livrá-lo de CPI. Muito embora sendo ele apenas o Presidente do Banco Central, anacronismo político-ideológico, porque já é e está subordinado constitucionalmente ao Ministro da Fazenda. Em definitivo, é um despautério, o Governo Lula perdeu de vez rumo e compostura, e o que é pior, faz questão de perder a transparência, em favor da corrupção de Henrique Meirelles e demais corruptos, custe o que custar, passando assim por cima de tudo e de todos de forma autoritária e antidemocrática. Ao agir assim feito rolo compressor, tal forma arrogante, pernóstica e abusiva à opinião pública é comparada ao autoritarismo de Hitler nos tempos da Gestapo, besta-fera do nazismo alemão. Maracutaia das grandes ele está escondendo...
Aparentemente, o Governo Lula, por meio dessa sua decisão, no mínimo pusilânime ou senão desastrosa e desonesta, com certeza está escondendo algo muito mais grave para a sociedade brasileira. Não obstante misterioso esse episódio vem a ser apenas a ponta do iceberg. Haja vista ter precedente não muito remoto no ano de 2004, por ocasião do blefe de punição, banimento e cassação de licença profissional de certo jornalista americano, quem denunciou comportamento social, político e de compostura irregular do presidente Lula em evento oficial.
Assim, não há mais saída às extravagâncias do Governo Lula, porque tal prática é de uma ignorância tamanha e de um absurdo tão descabido, que ao contrário ainda tem propósito criminoso tão mais ignorado, que só encontra eco, oco e vão anacrônicos no autoritarismo nazista da Gestapo e propaganda da mentira de Hitler. Mentira essa repetida mil vezes e sempre até virar verdade porque chegar à verdade isso nunca. Muito mais ainda quando obriga a Imprensa do Brasil ao jugo e à ditadura de um Conselho Regulador de Imprensa autoritário e próprio da SS nazista, que em péssima hora, local e situação fora de serventia criminosa à era Vargas e agora à corrupção do lulismo já por dois mandatos consecutivos. O amanhã jamais virá assim!
Definitivamente, os brasileiros puderam testemunhar a morte da liberdade de expressão pelo Governo Lula. Além ainda de confirmação pública e notória da mais triste e decepcionante assertiva de que esse mesmo Governo Lula, quem diria, resgata a Lei de Mordaça, quimera inevitável para os jornalistas daqui e de lá. Com essa sua retomada à Lei de Mordaça mais nefasta, visando emudecer a imprensa do Brasil e demais, o Governo Lula veio tornar-se, de forma irreversível e inegável, o verdugo truculento da notícia. Ou ainda o arauto mais legítimo e representante infernal de terrorismo terrível do novo nazismo nefasto, que só não executa propaganda enganosa. Novo nazismo esse causador de hecatombes sociais desconhecidas e instabilidades econômicas e políticas inevitáveis do caos. Portanto, verdugo que executa não só o infortunado fim da liberdade de expressão no Brasil, mas fere também assim frontal e mortal a opinião pública brasileira na sua raiz social, cultural, econômica, política, jurídica e antropológica.
Nas gestões do Governo Lula, no lulismo do PT, a corrupção no Brasil não é apenas geral, mas estrutural, é só observar os dados de execução orçamentária da União, excluindo a Previdência, em 2003 por volta de R$ 150 bilhões, apenas para despesas com o serviço da dívida pública, além do déficit de R$ 83 bilhões nesse mesmo ano, e como foi aplicada, também, a dotação orçamentária em seus novos dados de R$ 183 bilhões para 2004, com a dívida externa ultrapassando já US$ 1 trilhão de dólares. Guardadas as devidas proporções, é muito mais grave do que a queda das torres gêmeas do World Trader Center a 9/11/2002, o maremoto em Tsunami a 1/1/2005, os ciclones, seca e furacões em Santa Catarina e Rio Grande do Sul a 9/1/2005 juntos. Enfim, uma bomba terrorista no seio da sociedade, ou uma panela de pressão à beira do estouro social: é nitroglicerina pura, gente!
A começar, também nessa mesma seqüência de lulismo corrupto do governo Lula, pela comilança dos Três Poderes, que de tão inchados se avolumaram descaradamente numa tonelada aproximada de 42 Ministérios de corrupção e podridão pra não fazerem nada. E o que é muito pior, onerar a nação e surrupiar o erário com seus desvios famosos e já tão surrados, às barbas da Constituição. Constituição esta invalidada de vez, graças ao cinismo[i] e aos expedientes sem escrúpulos do lulismo no Governo Lula, o Rei das MP’s, que chega ao seu ápice, pois não tem em absoluto mais pra onde ir. Reconheçam todos, neste particular, em matéria de corrupção, é, foi e será imbatível, sem sombra de dúvidas, neste país do maior imposto do mundo, que arrebata do trabalhador somas vultosas, equivalentes a mais de cinco meses de trabalho anualmente. Se o trabalhador fizer uma reflexão séria sobre isto jamais trabalhará nesse Brasil, o signo da corrupção.
Que ironia! Collor devastou descamisados dizendo que tinha “aquilo roxo”; FHC roubou a soberania nacional como um camaleão de todas as cores; e Lula dizima trabalhador e transfere suas responsabilidades nos juros dizendo ser culpa dos próprios brasileiros que não querem “levantar o traseiro e mudar de banco”. Quanta baixaria! Nem é à toa que o Presidente Lula já tenha começado errado com seu machismo retrógrado, maculando a mulher brasileira, ao afirmar: “Sou macho, e emprenho logo de primeira as mulheres”. Que horror! Além de despreparado, desequilibrado mental e emocional é incompetente nato ao cargo que exerce, devendo renunciar imediatamente ou sofrer impeachment tal como o Collor, mesmo estando ele em seu segundo mandato, o que só comprova quão perigosas são suas maracutaias. Assim, nenhuma sociedade é feliz com a corrupção de um déspota.
Destarte, se a ditadura militar impôs um jugo nefasto de 21 anos irrecuperáveis, também, os governos civis dos presidentes Sarney, Collor-Itamar, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva impuseram a ditadura da corrupção, recheada de escândalos nesses 21 anos percorridos no período de 1985 a 2006. E assim, portanto, se os brasileiros quiserem sonhar com a libertação desses 42 anos de opressão nefasta, cruel e desumana, irreversivelmente, para defenderem o lixo que lhes resta de pátria, terão de pegar em armas na mesma proporção de uma revolução sangrenta e completamente surda a diálogos malogrados. Por hora esta é a única medida imprescindível que lhes resta quanto à honra e à dignidade do Brasil. E se porventura algum dia vierem envergonhá-los de que fora um brado de loucura torpe e idealismo extremado, jamais negarão que era a sua única saída. Só assim nunca mais terão vergonha de ser o que são e nenhum jovem se sentirá mais um excluído nesse país.
São Paulo, 29 de maio de 2007.
Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos
(Presidente da Fundação Científica Reis de Leão e Astúrias/FUCIRLA)
[i] ABBAGNANO, Nicola. “VIII - As Escolas Socráticas: § 38. A Escola Cínica. Antístenes; § 39. Diógenes” In: História da filosofia. 4ª ed., tradução de António Borges Coelho, Franco de Sousa e Manuel Patrício, Lisboa, Editorial Presença, 1985, Volume I, pp.111-122. A definição etimológica de cinismo: Do gr. Kynimós, pelo lat. Cynismu, é doutrina e modo de vida dos cínicos, partidários dos filósofos gregos Antístenes de Atenas [444-365 a.C.] e Diógenes de Sínope [413-323 a.C.] fundadores da escola cínica, que se caracteriza principalmente pela oposição radical e ativa aos valores culturais vigentes, oposição nascida do discernimento de que é impossível conciliar as leis e convenções morais e culturais com as exigências de uma vida segundo a natureza.
Análise de pressupostos VIII sobre Brasil, o signo da corrupção
Que País é Esse? É o Brasil que tantos patrícios vêem como a esperança jovem, ainda, de apenas quinhentos anos de cultura e civilização? Ou é mesmo apenas um Brasil inviável que não tem rodovia com serventia alguma nem estrada de ferro, daí se inviabilizar para si próprio e ao mundo? Onde Augusto dos Anjos estabelece a sua denúncia no entorno de um Brasil, o signo da corrupção, que se escraviza e se anula numa estranha manifestação de colonizados felizes? Como Augusto dos Anjos tolera a incompetência social, política, econômica, jurídica, cultural e artística de colonizados felizes, que se entregam a um culto estranho de Brasil, o signo da corrupção? O que Augusto dos Anjos quer provar com tamanha denúncia, confluindo numa questão irrefutável e imprescindível à formação cultural, econômica, social, política, jurídica e artística, por meio de sua problematização original: Brasil, o signo da corrupção? Eis seu tiro certeiro, formidável e cruel na segunda “Crônica Paudarquense”:
"Digam o que quiserem os adeptos do otimismo incondicional, acostumados por uma aberração de óptica a ver perspectivas régias em simples moinhos de vento, qual o inimitável herói, concebido por Cervantes, há e houve sempre alguma coisa de cavalo tísico dentro do arcabouço da civilização brasileira.(...)
O nosso amor extremo e desinteressado a esta Pátria miserável, por cuja felicidade nos damos gostosamente em sacrifício, dispensa para a nossa defesa o auxílio dos circunlóquios.(...)
Mas a Arte, nesta pátria de bonzos, agarrados às fórmulas sem elastério de um ritual chinês, rolou, de há muito, na sarjeta podre do desprestígio popular!
No Brasil, até, é balda ignominiosa constituir-se alguém artista.(...)
A Arte começou, no Egito, por uma manifestação ampla de liberdade, abeberada na grande fonte real, de onde, em torrentes harmoniosas, se escapam as verdades eternas da Natureza.(...) Mirai-vos neste exemplo, Brasileiros!(...)
Segui, Brasileiros, a rota, cujas fulgurações vos mostramos!(...)
Estudai com argúcia socrática a formação superior do espírito helênico.(...)
Mas não vivei somente para a Arte, filhos da terra brasileira!
Vivei também para a Ciência, prestando-lhe a dedicação dos cuidados intensos e a oferenda amarga das vossas vigílias, sem todavia, no atrito das colisões filosóficas, e na argamassa instável dos sistemas discordantes, chegardes ao sacrilégio extremo de cuspir com bocas de monstro à face de vosso Deus!
A Indústria, com os seus ramos precípuos de extração, de manufatura, reduzidos por vossa negligência à cotação de tabelas inferiores, no tumulto das praças estrangeiras; a Política, no sentido mais amplo deste vocábulo, suplantando no predomínio do bem coletivo o interesse do partidarismo, e a praxe monótona das liturgias de encomenda, entoadas em monocórdio, na casinha de todos os governos; a Religião, traduzindo a súmula do verdadeiro ideal de Cristo, — tal em síntese, o complexo de outras tantas engrenagens civilizadoras que estão a requerer de vossa parte igual dispêndio de atenção e a eficácia perene de um devotamento incondicional.(...) E porque vamos pensando nessas coisas tristes, assoma-nos à idéia torturada, a imagem do Brasil arquejante!
E a alucinação é completa!(...)
É como se atirassem barras de ferro sobre os nossos peitos chagados.
O luar fulge, uma auréola. Mas estão rindo! De quem serão essas gargalhadas? De certo, não são humanas. Os homens não gargalham assim! E, saímos, em agonia. No silêncio da Noite, rindo da miséria brasileira, a mãe da lua continua o escárnio!"
(Cf. Augusto dos Anjos, 1994: 586-9. Pau d'Arco — 1905. O Comércio,12-10-1905.)
Brasil, o signo da corrupção na poética de Augusto dos Anjos denuncia que este poeta é injustiçado porque sua obra, que se destaca no repertório da literatura brasileira desde as passagens dos séculos XIX, XX e XXI, vem gerando polêmicas na fortuna crítica de há muito embaraçada na tentativa frustrada de situá-la numa escola literária, estilo de época ou coisa que o valha. É como se tal poética fosse eco lógico, oco transgressor e vão semiótico: oco-lógico-transgressor-semiotizado; vão-lógico-semioticista-transgressivo; eco-lógico-semiótico-corrompido do Brasil, no seu Eu às avessas, transitando na contramão da investigação científica rigorosa.
Tanto esta tese Brasil, o signo da corrupção na poética de Augusto dos Anjos quanto à recepção deste poeta, uma poética da transgressão na literatura brasileira e sua mentalidade pura em seus universos transgressores são construídos sob uma base semiótica, e vão transgredindo sempre num clima quase eterno ou incontido da poética. Arquitetura semiótica essa que vem prolongando-se pelos trezentos e sessenta e cinco dias de cada ano dessa poética da transgressão do personagem do Eu, na poesia e prosa do poeta e cronista Augusto dos Anjos. Razão pela qual registra que imperam a corrupção, malandragem, o jeito brasileiro desonesto e desavergonhado na “pátria de bonzos”, portanto infrator, inclassificável e sem caráter. Deveras, pois tudo no país do futebol, do carnaval e cachaça, vem acompanhado por um “jogo de cintura” aqui, uma “forçada de barra” ali, “balacobaco”, “borogodó”, “telecoteco”, “ziriguidum”, “pagode”, “fundo de quintal” e “Big Brother Brasil”, acabando em pizza o que seria austero, digno e honrado aos brasileiros como a educação, cultura e extinção do analfabetismo pátrio.
Desta forma, tudo no Brasil acaba em descaso, em meio a um mar de corrupção, crime organizado e formação de quadrilha, inclusive onde nunca deveria ocorrer: na academia intelectual, no seio cordial da universidade brasileira. Posto que as nossas universidades estão tomadas por corruptos, maculando as mentes jovens, cheias de boa energia, podendo ser formadas a darem retornos à sociedade, que depende imperiosamente de um cidadão justo, honesto e humano, objetivando servir como modelo à cidadania dessa nação e à de um mundo menos injusto.
Então, surge a questão fundamental: como realizar pesquisa original em meio a tanta podridão intelectual humana, decomposição acadêmica em pseudomestres, verdadeiros ladrões do erário público, principalmente quando se aboletam em cargos altos e de confiança do Governo Federal: MEC, CAPES, CNPq, INEP, FAPESP, CEBRAP — que já nasceu incubada na corrupção, pois seus mentores principais foram, são e continuam presidentes corruptos do Brasil, a saber: Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Collor-Itamar, Sarney, Generais da Ditadura Militar — responsáveis por sistema de Governo que atingiu o maior índice de Corrupção? E o pior, são representantes, símbolos e signos da corrupção no Brasil. Haja vista, ainda, que FHC já anuncia seu retorno à comunidade científica brasileira, com sua perda de mandato pela vez terceira no Governo Federal. Não bastasse, também, há quem afirme que o lulismo já se prepara à reeleição em 2010, reconduzindo seu candidato mais corrupto de todos os tempos, na existência da República do Brasil, o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva ou outro nome.
Trata-se, pois, de holocausto político sem precedente nunca visto nos quintos dos quinhentos anos de transgressão, na terra de Santa Cruz, Vera Cruz, Brasil, o signo da corrupção e do caos. Destarte, esta tese Brasil, o signo da corrupção na poética de Augusto dos Anjos interpreta a obra deste poeta com o escopo da semiótica, propiciando leitura nova na relação sujeito-autor/sujeito-personagem/sujeito-leitor. Uma espécie de vôo translúcido ao inusitado da arte do belo, do sublime, mas acima de tudo do grotesco. Portanto, uma transgressão que arromba as portas da coerência duma poética clássica por meio de fórmulas inusitadas. É como se essa tal poética da transgressão fosse uma nova bruxaria à sopa literária de sabor admirável, inigualável e indizível, produzida num caldeirão de bruxas poéticas transgressivas, quebrando por completo o encanto da corrupção neste soneto “Vencedor”, a saber:
Toma as espadas rútilas, guerreiro,
E à rutilância das espadas, toma
A adaga de aço, o gládio de aço, e doma
Meu coração — estranho carniceiro!
Não podes?! Chama então presto o primeiro
E o mais possante gladiador de Roma.
E qual mais pronto, e qual mais presto assoma,
Nenhum pôde domar o prisioneiro.
Meu coração triunfava nas arenas.
Veio depois um domador de hienas
E outro mais, e, por fim, veio um atleta,
Vieram todos, por fim; ao todo, uns cem...
E não pôde domá-lo enfim ninguém,
Que ninguém doma um coração de poeta! [i]
A corrupção no Governo Federal, que encabeça os demais governos estadual e municipal, chega às raias do absurdo, ao às avessas, levando a população ao desemprego, fome, miséria, analfabetismo, injustiça, violência, crime e insegurança, por causa de sua incompetência, irresponsabilidade, descaso, entreguismo, traição à soberania nacional e, sobretudo, causador do maior índice de analfabetismo brasileiro, em todos os níveis: é a impotência da cidadania elevada aos extremos. Posto ainda que apenas em torno de 3% da população chegam ao nível superior e 50 milhões de brasileiros vivem em condições miseráveis completas: são os sem teto e sem terra; além de mais 52 milhões de famintos, cuja fome lhes ataca nestes mandatos ditadores de Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Collor-Itamar, Sarney, Generais da Ditadura Militar.[ii]
Daí IFES (Instituições Federais de Ensino Superior) IES (Instituições de Ensino Superior) e seus Setores Administrativos: coordenadores, chefes, diretores, pró-reitores, vice-reitores e reitores promoverem um mar de corrupção; formarem quadrilhas; lavarem dinheiro do narcotráfico; promoverem titulações criminosas; desviarem verbas de projetos justos em benefício próprio; ligarem-se às redes do crime organizado; fazerem parceria em pleno milênio terceiro com reminiscências da famigerada, nefasta, truculenta e holocausta Ditadura Militar, representada, recentemente por um certo Capitão Francisco Wanderley Rohrer, da Polícia Militar-SP, Mestrando/PUC-SP, com a dissertação: A Identidade do Policial Militar Comunitário, quem, no mês de outubro/2001, agrediu, bateu, prendeu, torturou, atirou, lançou bomba de gás sobre impotentes manifestantes pacíficos, sentados em ato público na Av. Paulista, estudantes colegas seus da própria PUC-SP.
O intrigante é que se soube posteriormente, porque “a mentira tem pernas curtas”, se tratar de possível e futuro Mestre torturando, por ironia do maldito e/ou bendito destino, seus próprios colegas da PUC-SP. O “Cara-de-pau” ainda defendeu dissertação, e o que é pior, agora, sob os auspícios da Vice-reitora, Profª. Branca Jurema Ponce, quem se pronunciou, em cadeia nacional na Rede Bandeirante de Televisão, favorável à titulação do truculento militar. A Vice-reitorta ainda achou tudo isso pouco e negou o direito à democracia e à manifestação da cidadania estudantil em plena PUC-SP, lamentando, nessa mesma Rede Nacional de TV, um pálido repúdio interno desses mesmos estudantes anêmicos do ato pacífico na Av. Paulista, que reconheceram o torturador na defesa de sua dissertação sobre a nova leitura da Ditadura militar digital/2001 ao milênio terceiro. Como? Por que? Para que a Vice-reitorta/PUC-SP concebe seus auspícios e parceria a militar tão nefasto?
Mas que triste e inevitável ironia, logo a PUC-SP, quem representa o marco nacional da Invasão Militar da Ditadura que lhes sitiou nos anos sessenta e setenta, sob os auspícios doutro truculento Coronel Erasmo — hoje deputado com direito à imunidade parlamentar — quando, seguindo as suas ordens, policiais militares de São Paulo invadiram à PUC-SP, mataram, bateram, prenderam, torturaram e abusaram de alunas grávidas e indiciaram alunos como terroristas e subversivos à nação. É... Assim, a PUC-SP perdeu de vez a memória ou encontrou atalho infeliz para matar o saber de maneira irremediável e formidável, passando para o lado de torturadores truculentos e pusilânimes duma nova Inquisição, diferente daquelas Cruzadas da Idade Média, que torturavam e condenavam inocentes em nome da infalibilidade de Deus pelo poder podre da exclusão como bem sofre o “finado Tôca”, mas que Augusto dos Anjos a denuncia no poema “Gemidos de Arte”.
São Paulo, 29 de maio de 2007.
Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos
(Presidente da Fundação Científica Reis de Leão e Astúrias/FUCIRLA)
[i] ANJOS, Augusto dos [1884-1914]. (1994). “Vencedor” – Poesia/Eu In:Obra completa: volume único/Augusto dos Anjos. 1ª ed., organização, fixação do texto e notas por Alexei Bueno; Direitos de edição da obra em língua portuguesa adquiridos pela Editora Nova Aguilar S.A., Rua Bambina, 25, Botafogo, CEP 22251-050, Rio de Janeiro-RJ; Tel.: 286-7822 – Fax: 286-6755;Endereço telegráfico: NEOFRONT;Telex: 34695 ENFS BR;Biblioteca Luso-Brasileira,Série Brasileira;CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte, Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ; ISBN 85-210.0012-X; CDD – 869.91;CDU – 869.0(81)-1, Brasil,p. 281.
[ii] ABUJAMRA, Antônio. (2001). “Provocação – Entrevista Excluídos Sem Teto de São Paulo” In: TV Cultura. São Paulo, programa exibido quinta-feira, 25/10/2001, e reprisado segunda-feira 29/10/2001, Brasil, às 23 h.
Considerações finais sobre Brasil, o signo da corrupção
Há um mar de corrupção permeando a pesquisa da cordialidade na Universidade, em que já se apresentam por demais normal a formação de quadrilha e crime organizado, representados pelos famigerados “clube do bolinha” e “clube da lulusinha”. Atuam da forma mais cínica e criminosa à sociedade, quem lhes mantém por meio de erário público, mas só recebe em troca uma traição à coisa pública. Agem por meio de uma prática que se instaura sob os auspícios duma filosofia cruel e nefasta à cidadania democrática: “quem tá de dentro não sai e quem tá de fora não entra”. Razão pela qual, entre tantos episódios degradantes como este, certo chefe de Estado da França ter afirmado, quando aqui chegou, que “este não é um país sério”. Nem é à-toa, também, que Aristóteles tenha afirmado outrora, na Grécia Antiga, que “Abaixo da Lua só existe corrupção!”
Em suma, esta tese sobre Augusto dos Anjos, uma poética da transgressão na literatura brasileira, abrirá as portas para novas leituras como a que se empreende de forma original e pioneira ao caráter inovador da denúncia social de um poeta, na poesia e prosa, sobre a existência de corrupção grassando o seu país, que se pode interpretar como Brasil, o signo da corrupção na poética de Augusto dos Anjos. Ainda mais quando se torna inadiável clamar por justiça, porque agora é imperioso denunciar corrupção, irregularidades, falcatruas, desvios, abuso de autoridade, fisiologismo, clientelismo, nepotismo, desemprego, fome, miséria, analfabetismo, perseguição, tortura, discriminação, violência, seqüestros, descasos, impunidade, desigualdade e prostituição de menores grassando o país do Oiapoque ao Chuí. Daí, sob a ótica de Augusto dos Anjos, a corrupção é o câncer da nação.
Além de furacão, peste bubônica, seca no Nordeste e Sul, varre o território nacional epidemias de dengue, meningite, hepatite, febre amarela, malária, mal de chagas, raquitismo, desnutrição, câncer, tuberculose e esquistossomose. Resultam da corrupção, falta de saneamento básico, irresponsabilidade e incompetência de ministro da fazenda na saúde, presidente do Banco Central, que comete crime de confisco a 29-5-2002, com o aval do Presidente Fernando Henrique Cardoso (igual ao Fernando Collor, contudo este foi punido e deposto pelo Impeachment) bem como, toda equipe governamental, cujo ministro da saúde nem sequer era médico junto ao Governo Federal, mas traidores da pátria.
Foram esses corruptos que em 1995 encontraram o país com uma dívida de 54 bilhões de dólares e agora o deixam depenado em mais de 1 trilhão de dólares, dos quais só os juros referentes ao ano de 2001 foram pagos 107 bilhões de reais; 35 milhões de brasileiros morrem de fome; 55 milhões estão desempregados; 75 milhões sobrevivem em condições miseráveis para a soberba de 5 milhões, que se diluem entre a classe média alta e a dominante, a única que concentra todos os bens e riquezas. Que distribuição de renda mais perversa é essa, “fala sério!”
Eis aí a resposta que Augusto dos Anjos há quase um século já pontificava em sua poética da transgressão por meio de denúncias na forma de sátira mordaz cujas, repitam-se, interpretam-se como Brasil, o signo da corrupção na poética de Augusto dos Anjos. Daí essa conclusão em definitivo porque se trata de convicção sem vacilos à luz da dignidade, nobreza, generosidade, virtude e honra do fazer estético do poeta mais original da literatura brasileira nos versos e crônicas de seu conteúdo destilado no que se chama Brasil, o signo da corrupção na poética de Augusto dos Anjos, merecendo continuidade às teses futuras de outras pesquisas.
Pretende-se continuidade à análise desta tese a partir de discussão extensa em nível nacional sobre Brasil, o signo da corrupção na poética de Augusto dos Anjos com o escopo da semiótica. Discussão essa que propiciará leitura nova na relação sujeito-autor/sujeito-personagem/sujeito-leitor nos 1º, 2º, 3º e 4º níveis de ensino. Trata-se da tentativa de orientação à luz da função dessa poética angélica enquanto processo dinâmico, evolutivo e admirável de semiótica, transgressão e original denúncia de corrupção, no panorama da cultura, ciência e filosofia brasileira, resgatando-a dessa prisão perversa: a alienação na educação.
Assim, concomitante à poética do Eu, se a obra de outro artista, o pintor do Neoclassicismo, Jean-Auguste Dominique Ingres [1770-1867] na pintura de seu quadro Banho Turco, faz a reprodução da carne, o poeta Augusto dos Anjos instaura a festa da carne, o evangelho da podridão, a corrupção da matéria, das virtudes sociais humanas, da moral cristã, da política, da cultura, da economia, da saúde, da justiça, da sociologia, da antropologia e da ética por meio de suas manifestações de poética da transgressão nas literaturas de língua portuguesa. Em especial, quando faz denúncias radicais sobre governantes brasileiros traidores, enquanto colonizados felizes do FMI que entregam e condenam seu país à morte e à decomposição social de um Brasil, o signo da miséria e podridão.
A tese do poeta Augusto dos Anjos denuncia ainda hoje a capitalização da personificação burguesa da coisa e coisificação da personificação capitalista, aristocrática, pseuda e neoliberal da aloprada economia tecnicista e globalizada, que se traduzem, antes de tudo, na ditadura do lulismo e da globalização que é colonização com outro nome, imperando sobre corruptos e maus governantes: eternos colonizados felizes que vendem e traem a pátria mãe. Ou se quiserem, ainda, é a personificação da capitalização em globalização por meio de classes dominantes mais cruéis na face da terra. Posto ainda que com tamanha perversidade seqüestraram a única válvula de escape de um dos povos mais injustiçados, infelizes e deserdados: Os famélicos povos miseráveis do Brasil, que tinham no carnaval seu subterfúgio e a única forma de resistência para prolongarem a sua sobrevivência indigna e se curarem de desenganos, mazelas e seqüelas mil.
Foram e são males provocados pela corrupção, injustiça social, indignidade nacional e desgoverno dessa globalização de colonizados felizes do FMI na economia do capitalismo neoliberal, do lulismo cínico, perverso, descomprometido, irresponsável, egoísta, mesquinho, sórdido, cruel e infame. Males estes gerados pela ganância da classe dominante e dos poderosos “caras-de-pau”, outrora denunciados nas críticas e revoltas do Eu lírico de Augusto dos Anjos (1912:5-131) e da prosa. Assim, para o poeta que segue à máxima de outro latino Gneo Nevio: “Nunquam est fidelis cum potenti societas!” (“A sociedade nunca é feliz com o poderoso!”) nem sob quaisquer sistemas. E é por isso que os condena quando nega seus restos mortais à Paraíba, à luz ainda do poeta latino, Gneo Nevio, na Roma Antiga: “Ingrata Patria ossea mea non possidebis!” (“Ingrata Pátria, não possuirás os meus ossos!”) para se exilar nos labirintos do universo de seu próprio Eu.
Deste modo, Brasil, o signo da corrupção na poética de Augusto dos Anjos, com muito ou nenhum espanto, trata também de definição da função dessa poética da trangressão de Augusto dos Anjos enquanto processo dinâmico, evolutivo e admirável de semiotização, transgressão e ecologização, no panorama social da cultura, ciência jurídica, política, economia, antropologia, arte e filosofia brasileiras.
Assim, esse processo desenvolvido em três linhas díspares é compreendido a partir de conceitos básicos, fundamentais e teóricos, centrados na semiótica peirceana, na polifonia bakhtiniana e na psicanálise lacaniana. Destarte, o signo, para Peirce (1990: 74) é consabido, de saída, neste seu conceito fundamental:
“Um signo é um ícone, um índice ou um símbolo. Um ícone é um signo que possuiria o caráter que o torna significante. (...) Um índice é um signo que de repente perderia seu caráter que o torna um signo se seu objeto fosse removido, mas que não perderia esse caráter se não houvesse interpretante. (...) Um símbolo é um signo que perderia o caráter que o torna um signo se não houvesse um interpretante.” [i]
E conforme Bakhtin (1981: 87-155) que assim conceitua o carnaval por sua vez:
“O carnaval criou toda uma linguagem de formas concreto-sensoriais simbólicas, entre grandes e complexas ações de massas e gestos carnavalescos. (...) É a essa transposição do carnaval para a linguagem da literatura que chamamos carnavalização da literatura.” [ii]
O eco-lógico-semiótico-transgressivo na poética de Augusto dos Anjos trata de análise que interpreta não só versos semióticos, carnavalescos e ecológicos desse poeta paraibano. Mas também açambarca outros poemas seus que revelam resquícios da literatura de entrudo e aspectos inusitados da transgressão, corrupção, ecologização, semiotização e carnavalização. Razão pela qual tal investigação manifesta-se, expressa-se pela transposição transparente da realidade dos fatos desse mundo às avessas. Portanto, o ‘monde à l‘envers’ complexo de que fala Bakhtin, como se fosse o do carnaval, semiótica e ecologia em crise, transpostos à linguagem da ciência poética, sobretudo a transgressiva do Eu angélico. Esse Eu que leu com rigor científico a Poética de Aristóteles.
O oco-lógico-semiotizante-transgressivo da poética no Eu angélico remete à ambigüidade do que o leitor em sua ingenuidade imagina, por meio desse seu modo intuitivo, cartesiano, mas de abdução, dedução e indução [iii], ser aquilo mesmo que se lhe apresenta sem raciocínios prolixos ou idéias perdidas em rodeios: uma alta ressonância lingüística tão inusitada que chega à confluência biconvexa do denso vocabulário científico e rebuscado da poética transgressiva de Augusto dos Anjos. É como se formasse uma rede complexa de comunicação e semiótica entre as linguagens díspares e as manifestações sociais, artístico-culturais dessa poética, que apaixona seu leitor e após tal sedução o enfeitiça, o atrai e o ganha aos episódios que se propagarão de leitura a leitura e de leitor a leitor.
O vão-lógico-semioticista-transgressivo mostra de forma clara ao leitor seu aspecto mais puro e minimalista, enquanto linguagem denotativa num momento primeiro e conotativa noutro momento segundo. Trata de comunicação, transgressão, corrupção, semiótica, ecologia e carnaval nos versos da poética transgressiva do Eu de Augusto dos Anjos. Bem como a presença de elementos naturais congêneres de verossimilhança, em versos engenhosos, por se estruturarem no conteúdo de ideologia identificada com a mesma utopia triádica. Utopia esta que se dá por meio desses mesmos versos engenhosos em temas e estilo soberbos quanto à sintaxe da poética transgressiva: quer normativa quer moderna, quer latina quer grega, quer lusa quer brasileira. Enfim, quer casta quer pós-moderna e quer pós-tudo quer pós-nada.
São Paulo, 29 de maio de 2007.
Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos
(Presidente da Fundação Científica Reis de Leão e Astúrias/FUCIRLA)
[i] PEIRCE, Charles Sanders. “Ícone, Índice e Símbolo” In: Semiótica. 2ª ed., São Paulo, Perspectiva, 1990, p.74. O conceito desta tríade é imprescindível e de fundamental importância à compreensão do signo em seus universos díspares que se instauram em Brasil, o signo da corrupção na poética de Augusto dos Anjos.
[ii] BAKHTIN, Mikhail Mikhailovich. “Particularidades do gênero e temático-composicionais das obras de Dostoievski” In: Problemas da poética de Dostoiévski. Tradução de Paulo Bezerra, 1ª ed., Rio de Janeiro, Forense Universitária, 1981, pp.87-155.
[iii] PEIRCE, Charles Sanders. “Abdução, Dedução e Indução” In: Semiótica. 2ª ed., São Paulo, Perspectiva, 1990, pp.32-35. Esta tríade também é imprescindível à compreensão do signo em seus universos díspares permeando Brasil, o signo da corrupção na poética de Augusto dos Anjos.
Outras considerações finais sobre Brasil, o signo da corrupção
Interdisciplinar, a tese Brasil, o signo da corrupção na poética de Augusto dos Anjos propõe uma leitura à luz da noção de “tempo”, segundo Ilya Prigogine & Isabelle Stengers (1991:124-125) quem explanam o “nicho ecológico”.[i] Prossegue com a fortuna crítica permeando a tríade ecológico-semiótico-carnavalesca do poeta, reportando-se às épocas futuras aquele seu passado, que se evidenciam na tese supra. Ressalta que tais manifestações, a memória dessas épocas e demais características da poética, são encontradas por meio de linhas isoglossas quer distantes quer eqüidistantes do processo responsável pela formação, cultura, investigação científica e intelectual dos indivíduos que geram, ampliam e transmitem o saber às sociedades.
A ambigüidade dessa tríade ecológico-semiótico-carnavalesca da poética transgressiva de Augusto dos Anjos mostra ainda, ao leitor, o seu aspecto polifônico, pluralista e filosófico, diante da linguagem construída a partir de pressupostos da ciência de Haeckel, Darwin, Schopenhauer, Spinoza, Goethe, Nietzsche, Spencer e Kant. Posto que para o poeta do Eu a ciência serve de combustível.[ii] Nem é à toa o fato de a ecologia estar latente em seus versos, contudo, jamais por modismo ou coisa parecida. Uma vez que os antepassados dessa ecologia estão ancorados em nomes da Grécia Clássica como Aristóteles, Teofrasto e Plínio[iii], sendo aquele considerado por muitos o seu precursor, segundo Jean-Paul Deléage (1993: 23-26).
Daí que se apresentam caracteres revolucionários, transgressivos e elementos naturais congêneres permeando a poética angélica, por se estruturar no conteúdo de ideologia revolucionária, transgressiva e ecológica. Assim, Augusto dos Anjos manifesta-se como poeta de destaque no repertório da literatura brasileira, desde 1900 ao publicar o seu primeiro soneto “Saudade”, no Almanaque da Parahiba, na sua mais tenra idade, e quando estréia, em nível nacional, outras poesias versando temas revolucionários, transgressivos e ecológicos, a saber: “Debaixo do Tamarindo”[iv], “Minha Árvore”[v], “Natureza Íntima”[vi], “Primavera”[vii], “A Ilha de Cypango”[viii], “Lirial”[ix], “A Floresta”[x], “A Rosa”[xi], “A Borboleta”[xii], “No Campo”[xiii], “A Arvore da Serra”[xiv], “Ideal”[xv], “Sonho de Amor”[xvi], “A Minha Estrela”[xvii], “Ave Dolorosa”[xviii], “Aza de Corvo”[xix], “O Corrupião”[xx], “Vae Victis”[xxi], “O Canto da Coruja”[xxii], “O Pântano”[xxiii] e o seu soneto mais polêmico, “Versos Íntimos”[xxiv], denunciando a corrupção no Brasil.
Vês?! Ninguem assistiu ao formidavel
Enterro de tua ultima chimera.
Somente a Ingratidão — esta panthera —
Foi tua companheira inseparavel!
Acostuma-te á lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miseravel,
Mora, entre féras, sente inevitavel
Necessidade de tambem ser féra.
Toma um phosphoro. Accende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a vespera do escarro,
A mão que affaga é a mesma que apedreja.
Si a alguem causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te affaga,
Escarra nessa bocca que te beija!
Pau d’Arco — 1901
(Anjos, 1912: 101).
A partir dessa exposição fragmentada, como se fossem aqueles Fragmentos de um Discurso Amoroso, de Roland Barthes, é que se mostra a instabilidade da narrativa por meio do “Eu te amo”, porque não revela uma linguagem denotativa, mas conotativa. É como bem se apresenta de forma peculiar a angélica poética revolucionária. Observa-se que Augusto dos Anjos enche de eus líricos e revolucionários a poética-denúncia Brasil, o signo da corrupção, a exemplo de seus comentários avulsos. Comentários esses também feitos por Barthes, Nietzsche, Lacan, Proust, Rousseau, Baudelaire, Klossowski, Pelléas, Ravel.[xxv]
Do mesmo modo que Brasil, o signo da corrupção na poética de Augusto dos Anjos aponta à construção de projeto ideológico audacioso, também, na busca do saber, aproxima representantes eqüidistantes do repertório da poesia brasileira e os familiariza à contemplação. É como bem se refere Affonso Romano de Sant’Anna quanto à posição de Vinicius de Morais, quando adianta, grosso modo, certo perfil do desejo social, também, de Augusto dos Anjos na poesia ocidental:
“....abre o inconsciente com tal violência e pureza que, de repente, aí se dramatizam os ingredientes de um inconsciente coletivo mítico e intemporal. Por isso, na literatura há que se associar a psicanálise freudiana à junguiana. O autor se derrama e se expõe sem nenhuma comiseração de si mesmo, nem se envergonha de seus delírios imagísticos e alucinações míticas e existenciais.” [xxvi]
Tomar-se-á rumos novos neste empreendimento que visa à interpretação dos sonetos e poemas, mais detalhada e mais abrangente dentre tantos, à luz da semiótica de Charles Sanders Peirce; da polifonia e do dialogismo de Mikhail Bakhtin; da psicanálise de Lacan e da crítica literária de Gilberto Mendonça Teles, Olga de Sá, Lucia Helena, Affonso Romano de Sant'Anna e outros; da ecologia de Aristóteles, Haeckel, Jean-Paul Deléage e Edgar Morin.
Há que se fazer entender e se harmonizar, também, diante de confronto como esse, com quaisquer pesquisas em torno da poesia brasileira, quando de preferência busca cantar tanto a simplicidade quanto o complexo do horrível ao sublime. Destarte, põe-se Augusto dos Anjos ao centro da poesia indecifrável como o enigma que devora sem, no entanto, arredar o pé do humor sociológico goiano, o brincalhão da poesia no Brasil. Aquele poeta que se arvora noutras terras navegadas, corrigindo Camões pela sua franca austeridade e sisudez poética. Gilberto Mendonça Teles é tal qual Augusto dos Anjos este brincalhão franco da poética brasileira, mas que levam a sério esta brincadeira de fazer versos de acentuados tratos, lembrando aqui exemplo marcante desta identidade por meio do soneto angélico “Versos Íntimos” e do poema gilbertiano “Exegese”, em exposição, a saber:
Você quer se esconder, então se mostre.
Diga tudo que sabe sobre a vida.
Conte a sua experiência nos negócios,
proclame seu valor de parasita
e deixe que discutam nas casernas
o seu bendito fruto entre as melhores
famílias desta terra.
Depois esconda tudo num poema
e fique descansado: ninguém lê.
Se ler, começam logo a ver navios
e achar que tudo é poetagem, símbolos.
desejos reprimidos,
psicanálises,
o diabo a quatro.
O poema não é uma caverna
sigilosa, com sombras tautológicas
nas paredes.
O poema é simplesmente
a sombra sem caverna, o vulto espesso
de si mesmo, a parábola mais reta
de quem escreve torto,
como um deus
canhoto de nascença. [xxvii]
Com este percurso na corrupção e poética brasileira, e tendo como centro Augusto dos Anjos para se apontar, uma vez mais por meio de análise, o objeto e sujeito de Brasil, o signo da corrupção sobre a semiótica do eco-lógico-carnavalizador nos versos do Eu em oco-lógico e vão-lógico, instaurando assim a tríade semiotização-carnavalização-ecologização, convém que se passe ao desafio de sua leitura. Ressalte-se, ainda, que os pontos aqui levantados estão relacionados e interligados, ou até dissociados por uma questão de conveniência proposital no tocante à mostra prévia. Mostra esta que se completa com o conjunto de experiências, levantamentos, exercícios, interpretações, análises, estudos e ensaios, por meio quer de hipótese, antítese, tese quer de síntese da obra angélica em verso e prosa nesse Brasil, o signo da corrupção na poética de Augusto dos Anjos.
São Paulo, 29 de maio de 2007.
Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos
(Presidente da Fundação Científica Reis de Leão e Astúrias/FUCIRLA)
NOTAS
[i] PRIGOGINE, Ilya & Stengers, Isabelle. “De Euclides a Aristóteles” In: A nova aliança: metamorfose da ciência. Trad. de Miguel Faria e Maria J.M. Trincheira, Brasília, Editora UNB, 1991, pp.124-125.
[ii] ANJOS, Augusto dos [1884-1914]. “ ‘Noli me Tangere’ – Outras Poesias” In: Obra completa: volume único/Augusto dos Anjos. Org., texto e notas Alexei Bueno, Rio de Janeiro, Aguilar, 1994, p.337.
[iii] DELÉAGE, Jean-Paul. “Da Economia da Natureza à Ecologia” In: História da ecologia: uma ciência do homem e da natureza. Tradução de Ana M. Novais, 1ª ed., Lisboa, Publicações Dom Quixote,1993, p.23.
[iv] ANJOS, Augusto dos [1884-1914]. “Debaixo do Tamarindo” In: Eu. 1ª ed., custeada pelo próprio poeta e seu irmão Odilon dos Anjos, Rio de Janeiro [s.c.p.] 1912, p.21.
[v] ANJOS, Augusto dos [1884-1914]. “ ‘Minha Árvore’ – Outras Poesias” In: Obra completa: volume único/Augusto dos Anjos. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1994, p.344.
[vi] Idem, ibidem, p.317.
[vii] ANJOS, Augusto dos [1884-1914]. “ ‘Primavera’ – Poemas Esquecidos” In: Obra completa: volume único/Augusto dos Anjos. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1994, p.388.
[viii] ANJOS, Augusto dos [1884-1914]. “A Ilha de Cypango” In: Eu. 1ª ed., custeada pelo próprio poeta e seu irmão Odilon dos Anjos, Rio de Janeiro[s.c.p.] 1912, pp.103-105. Este poema é composto em 1904 no Engenho Pau d'Arco, propriedade dos pais do poeta Augusto dos Anjos e onde ele reside na época.
[ix] ANJOS, Augusto dos [1884-1914]. “ ‘Lirial’ – Poemas Esquecidos” In: Obra completa: volume único/ Augusto dos Anjos. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1994, p.399.
[x] ANJOS, Augusto dos [1884-1914]. “ ‘A Floresta’ – Outras Poesias” In: Obra completa: volume único/ Augusto dos Anjos. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1994, p.318.
[xi] VASCONCELOS, Montgomery José de. “Capítulo IV – A poética carnavalizada de Augusto dos Anjos” In: A poética carnavalizada de Augusto dos Anjos. 1ª ed., São Paulo, Annablume, 1996, p.225. “A Rosa” é soneto composto em 1907 à fantasia do Baile de Máscaras do Carnaval da Paraíba deste mesmo ano, e promovido pela família de Augusto dos Anjos, quem também era o poeta oficial dos carnavais paraibanos.
[xii] Idem, ibidem, p.226.
[xiii] ANJOS, Augusto dos. “ ‘No Campo’ – Poemas Esquecidos” In: Obra completa: volume único/Augusto dos Anjos. Rio de Janeiro, Aguilar, 1994, p.413. Este soneto é composto no Engenho Pau d'Arco em 1902.
[xiv] ANJOS, Augusto dos [1884-1914]. “A Arvore da Serra” In: Eu. 1ª ed., custeada pelo próprio poeta e seu irmão Odilon dos Anjos, Rio de Janeiro[s.c.p.] 1912, p.92.
[xv] ANJOS, Augusto dos [1884-1914]. “ ‘Ideal’ – Poemas Esquecidos” In: Obra completa: volume único/ Augusto dos Anjos. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1994, p.426.
[xvi] Idem, ibidem, p.451.
[xvii] Id., ibd., p.400.
[xviii] Id., ibd., p.407.
[xix] VASCONCELOS, Montgomery José de. “Capítulo III – ‘Aza de Côrvo’: uma sátira menipéia do carnaval augustiano” In: A poética carnavalizada de Augusto dos Anjos. 1ª ed., São Paulo, Annablume, 1996, pp.137-143. O soneto é publicado primeiro por ANJOS, Augusto dos [1884-1914]. “Aza de Côrvo” In: Eu. 1ª ed., custeada pelo próprio poeta e seu irmão Odilon dos Anjos, Rio de Janeiro [s.c.p.] 1912, p.68.
[xx] ANJOS, Augusto dos [1884-1914]. “O Corrupião” In: Eu. 1ª ed., custeada pelo próprio poeta e seu irmão Odilon dos Anjos, Rio de Janeiro [s.c.p.] 1912, p.94.
[xxi] ANJOS, Augusto dos [1884-1914]. “ ‘Vae Victis’ – Poemas Esquecidos” In: Obra completa: volume único/ Augusto dos Anjos. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1994, p. 462.
[xxii] Idem, ibidem, p. 479. Ressalte-se ainda que este soneto “O Canto da Coruja” é composto em 1905, no Engenho Pau d’Arco, propriedade dos pais do poeta Augusto dos Anjos e onde ele reside nesta época.
[xxiii] ANJOS, Augusto dos [1884-1914]. “ ‘O Pântano’ – Outras Poesias” In: Obra completa: volume único/ Augusto dos Anjos. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1994, p.314.
[xxiv] ANJOS, Augusto dos [1884-1914]. “Versos Íntimos” In: Eu. 1ª ed., custeada pelo próprio poeta e seu irmão Odilon dos Anjos, Rio de Janeiro[s.c.p.] 1912, p.101. Este soneto é composto em 1901 no Engenho Pau d'Arco, propriedade dos pais do poeta Augusto dos Anjos e onde ele reside nesta época.
[xxv] BARTHES, Roland. Fragmentos de um discurso amoroso. 2ª ed., Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1981, pp. 97-103.
[xxvi] SANT'ANNA, Affonso Romano de. O canibalismo amoroso. São Paulo, Brasiliense, 1984, p. 259.
[xxvii] TELES, Gilberto Mendonça. Plural de nuvens. Rio de Janeiro, José Olympio, 1990, pp. 23-24.
São Paulo, 29 de maio de 2007.
Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos
(Presidente da Fundação Científica Reis de Leão e Astúrias/FUCIRLA)